O mundo amanheceu vermelho.23 anos depois do maior rival conquistar o mundo, o império passa a ser alvi-rubro, para desespero de alguns e alegria de outros. Este é o Sport Club Internacional, oitavo brasileiro a vencer a Copa Libertadores e o quinto brasileiro a ser campeão do mundo. Enfim, mais um título continental para fazer jus ao nome.
Campeão da Copa Libertadores, o Inter chega ao topo do mundo graças ao grande trabalho realizado há quase três anos, desde a Era Fernando Carvalho, responsável pelo resgate colorado, tanto na parte social e administrativa, como dentro das quatro linhas.
Em 2003, quase ficou com a vaga para a Libertadores.Perdeu a vaga na última rodada.Em 2004 e 2005, surpreendeu na Copa Sul-Americana.Neste último ano, finalmente, conseguiu a vaga na maior competição das Américas, apesar do escândalo de arbitragem que manchou o futebol brasileiro.
Nem as perdas de Bolívar, Jorge Wagner, Rafael Sóbis e Tinga abalaram a turma colorada na conquista do mundo.Muito menos a ausência do talismã Rentería, cortado as vésperas do Mundial.
Muitos da imprensa previam um encontro com o Barcelona nas finais, comparavam os espanhóis com o grande time do Ajax de 1995, campeão mundial, em cima do Grêmio, entre outras comparações.
Dentro de campo, o Inter vence o Al-Ahly, do Egito, por 2 a 1, com gols de Alexandre Pato, a nova revelação colorada e Luiz Adriano. Enquanto o Barcelona deu uma aula de futebol, vencendo o América do México, por 4 a 0.
Eis que surge a grande final tão esperada por todos. Em um jogo equilibrado, de muita luta, o Inter procurou criar suas jogadas. Nada os separava, como dizem o segundo hino do clube. Nem mesmo a saída do capitão Fernandão. Até que Iarley, melhor em campo, encontra Adriano, que havia entrado no segundo tempo, para fazer o gol do título.
Para se ter idéia da dimensão de um título como este, os destaques ficam por conta do meio-campo Adriano, que no Cruzeiro, brigou com a torcida e que no Inter era taxado como injustiçado, e do técnico Abel Braga, que antes de voltar ao colorado, era lembrado apenas por títulos estaduais e pela perda da Copa do Brasil, por dois anos seguidos, além de Fernandão, Índio, Iarley, Fabiano Eller, entre outros que atravessaram o mundo para celebrar mais um triunfo do futebol brasileiro.