Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
31 agosto 2005
É mesmo o Parreira?
Três atacantes? Time do Parreira?? Há! Conta outra!!

Não, não é piada. Para o jogo contra o Chile, nesse próximo domingo, no estádio Mané Garrincha em Brasília, Parreira escalou um trio mais ofensivo que de costume: Ronaldo, Adriano e... Robinho!

Ronaldinho, suspenso, não atua nessa partida - tecnicamente, o Brasil só precisa de um empate para se confirmar na Copa da Alemanha. Ao invés de um meia-atacante, Parreira põe no lugar do Melhor do Mundo um atacante hábil e veloz. Robinho deixa o time do Brasil 1/3 mais ofensivo.
Parreira insiste no formato com dois centroavantes - Ronaldo-Adriano. Esse formato ainda não deu certo nas eliminatórias (Ronaldo-Luiz Fabiano) nem na Copa América (Luiz Fabiano-Adriano). A dupla Ronaldo-Adriano ainda não vingou. Parreira agora coloca entre os dois Robinho. A Seleção, de fato, precisa de um cara com as características de Robinho apoiando o centroavante. Mas não é por isso que vai precisar de dois centroavantes.

Na ausência de Ronaldinho, Parreira poderia aproveitar para adiantar um pouco mais o Kaká (que é meia-atacante). Põe o menino armando lá na frente que ele é bom. Ele fazia isso - e muito bem, no São Paulo. Para a posição do Kaká, escalaria o Alex. Teríamos um ataque com Alex-Kaká-Robinho-Ronaldo. Mais lógico e com mais possibilidades de funcionar. Mas Alex nem convocado foi... então adianta o Juninho Pernambucano. Mas pelo menos escale o time com alguma lógica!

Ao invés disso, Parreira parece ter decidido agradar torcedor. E temos esse ataque desnecessário com dois centroavantes MESMO. Dois homens com a mesma característica - imaginem um time com dois goleiros.

Tudo bem. O Brasil vai vencer o Chile e todos vão achar que a dupla - ou melhor, trio - dá certo. Mas as coisas não funcionam assim. O Chile vai a Copa do Mundo? Se for, tem o mesmo dível dos adversários mais difíceis que o Brasil deve ter pelo caminho - uma Argentina, uma Inglaterra, uma Holanda ou uma República Tcheca? Pois é...
thiagoleal | 12:36 AM |
24 agosto 2005
No topo - a briga segue cada vez mais equilibrada
Quem será o campeão e quem irá jogar a Libertadores da América do ano que vem??

Hoje começa o Segundo Turno do Campeonato Brasileiro 2005.
Cada vez mais segura, a fórmula pontos-corridos vem se mostrando bem mais emocionante que o antigo sistema de primeiro turno/playoffs e a cada ano nos proporciona um campeonato mais disputado.
Antes de começar o turno definitivo, vamos dar uma olhada na parte de cima da tabela ao fim do Primeiro Turno.


Corinthians - 39 pontos (12 vitórias, 3 empates e 6 derrotas): Líder, como todo mundo já sabe, o Timão tem o melhor ataque (45 gols marcados) e a terceira pior defesa do campeonato (39 gols sofridos). Favorito, conquistou domingo o título de Campeão do Primeiro Turno - título simbólico. O Corinthians depende demais de seu ataque, o que pode prejudicar nas rodadas decisivas. Precisa arrumar uma defesa melhor para não perder pontos em jogos decisivos. Com certeza vai à Libertadores. Quanto a título, se for mesmo o caso, o Corinthians só confirma nas rodadas finas - eu diria na última rodada. Torcedor vai morrer do coração.

Melhor momento: Vencer o rival Palmeiras por 3x1, na estréia do jovem volante Javier Mascherano - e com direito a uma briga entre os dois times, como é de praxe.
Pior momento: A goleada sofrida por 5x1, contra o rival São Paulo, que culminou com a demissão de Daniel Passarella. Eu diria que também pode ser o melhor momento, já que a revolução no time começou aí...
Previsão: Segue na luta pelo título até o fim do campeonato. Se vai conseguir ou não, depende do ataque segurar a barra - ou da defesa melhorar, o que acho muito difícil.

Goiás - 37 pontos (11 vitórias, 4 empates e 6 derrotas): Surpreendente vice-líder, o Goiás mantém uma defesa sólida (apenas 23 gols sofridos) ao contrário do Corinthians. O esmeraldino prova que é bem melhor um bom planejamento e uma boa estrutura + jogadores regulares e baratos que contratar nomes grandes (e velhos) que não fazem mais nada em campo. Irregular, o Goiás atingiu seu ápice, e deve começar a cair como a Ponte. Mas vem fazendo uma campanha louvável (de novo) e vai à Sulamericana.

Melhor momento: O susto que deu no todo-poderoso Timão, quando segurou até os 40 do segundo tempo a vitória no Pacaembu que garantia o título do Primeiro Turno. Pena que não conseguiu se segurar até o fim.
Pior momento: Perder de 3 em casa para o rival Brasiliense. Com os pontos desse jogo, o Goiás poderia estar só a um pontinho do líder Corinthians.
Previsão: Cai aos poucos. Vai para a Sulamericana.

Paraná - 37 pontos (10 vitórias, 7 empates e 4 derrotas): Melhor defesa do campeonato, o Paraná segue a exemplo do Goiás. Fazendo campeonatos paranaenses e brasileiros ruins, o Paraná seguia mantendo seu planejamento e agora vem a recompensa. Costuma roubar pontos de times grandes e favoritos fora de casa - Internacional, Fluminense, Cruzeiro. Vai de desmontar - Borges, por exemplo, está de saída. E deve ter uma queda considerável. Mas vai a Sulamericana também.

Melhor momento: Vencer o Cruzeiro no Mineirão. Roubou pontos importantes de um favorito ao título, e se garante na zona da Libertadores. E os 2x0 sobre o rival Atlético. Clássico é sempre clássico... (e vice-versa, já riria Jardel).
Pior momento: Perder do rival Coxa por 2x1. Clássico é sempre clássico...
Previsão: O mesmo que o Goiás.

Santos - 36 pontos (10 vitórias, 6 empates e 5 derrotas): Desde que se iniciou a nova fórmula, o Santos se mantém presente. Vai perder Robinho mas, se perceber que não depende do "Rei do Drible" (como a Globo/SporTV o alcunhou), pois tem Ricardinho e Giovane, o Santos briga diretamente com o Corinthians. O problema é que com essa doença psicológica da falta de Robinho, o time da Vila joga muito irregular. Basta se encontrar para fazer um grande campeonato. Libertadores garantida para o Peixe.

Melhor momento: Vencer o rival histórico Corinthians por 4x2 na Vila, na "volta" de Robinho - com direito a gol.
Pior momento: Eliminação na Libertadores, em casa, de forma incontestável, pelo Atlético Paranaense. Começava ali um princípio de crise com Robinho...
Previsão: Briga pelo título ao lado do Corinthians. Mas precisa manter a regularidade e confiar no time que tem. Nada de chorar a partida de uns e outros.

Quem corre por fora...
Cruzeiro: Quinto colocado com 36 pontos, o Cruzeiro deve se garantir na Libertadores até o fim do Campeonato. E briga pelo título, também. Às vezes depende demais do artilheiro Fred, e seu goleiro, Fábio, não mostra muita segurança no gol. Mas o time tem um trabalho forte com PC e vai ficar sempre por cima. Briga pelo título, mas um pouco mais de longe de que Corinthians e Santos - ou seja, uns dois pontos.
Palmeiras: Bom time, bons jogadores, bom Marcinho. Décimo lugar, 32 pontos. Desde sempre o Verdão tinha uma equipe acima da média, mas Bonamigo não ajudava. Chegou Leão, ajeitou a equipe e o Palmeiras vem subindo. Vai brigar por vaga na Libertadores. Título? Ainda é cedo para dizer.

Fluminense, ex-time favorito da Globo, e Internacional, são os nomes grandes de cima mais irregulares, e estão atualmente em sexto e sétimo lugar, respectivamente, com 35 e 34 pontos. Vão brigar pela Libertadores, também. Mas sem título para nenhum dos dois. Mesmo estando na frente do Palmeiras, os dois dão sinais de irregularidade maior que o Verdão e devem ficar para trás do time do Parque Antarctica.

Minha opinião é que tudo se resolve na última rodada. Até lá, nada muito decidido. O Campeão não sai antes das últimas duas rodadas. Na última, devemos conhecer o último classificado à Libertadores e à Sulamericana. E a fórmula pontos-corridos segue disputada e emocionante, à contrário do que dizia certo narrador, que, acostumado a dar sua irrelevante opinião, lamentava... "o campeonato tem que ter final..."
thiagoleal | 12:35 PM |
22 agosto 2005
E lá embaixo, quem irá se safar?

O que há de bom, ruim e muito ruim nos últimos colocados

Chegamos à metade do Campeonato Brasileiro de 2005. Este é o momento de parar, olhar para trás, respirar e, para quem está lá atrás, tentar começar do zero. Os quatro últimos (atualmente São Paulo, Figueirense, Atlético-MG e Paysandu) começam agora a sua batalha pela sobrevivência.

Vou, primeiramente, falar dos quatro últimos. Caso a caso e depois sim, dar meus palpites de quem cai e quem fica na divisão de elite do nosso campeonato nacional.

São Paulo, 21 pontos (5 vitórias, 6 empates e 10 derrotas)
Quem diria, o campeão ?- inquestionável, diga-se de passagem -- da Taça Libertadores 2005 marcando presença nesta indesejável lista dos últimos colocados. Mas o São Paulo está. O tricolor, após a conquista da Libertadores sobre o Atlético-PR, venceu apenas uma partida no Brasileirão, contra o não mais que mediano Fortaleza. Isto mesmo. Nos dez jogos (todos após o título) foram seis derrotas, três empates e uma derrota. Números assustadores.

Melhor momento: na estréia do técnico Paulo Autuori, no início de maio, o São Paulo massacrou o rival Corinthians com incríveis 5-1. Naquela distante quarta rodada os times viviam momentos completamente diferentes. O São Paulo começava a corrida ao título sul-americano e o Timão sofria com as brigas Passarela e jogadores. Luizão marcou duas vezes e Rogério Ceni, o goleiro artilheiro, também contribuiu.

Pior momento: no clássico contra o Palmeiras o São Paulo começou infalível. Fez 3-0 em 40 minutos e parecia questão de tempo abrir mais e mais. O Palmeiras, em um lance de sorte, diminuiu no fim do primeiro tempo. No segundo, os são-paulinos pararam em campo e assistiram o Palmeiras chegar a um empate surpreendente. Após o jogo Rogério falou aos jornalistas em tom de derrota.

Previsão: é um grande clube, tem bons jogadores. Não sei até quando irão continuar nesta má fase, mas parece pouco provável que jogue a série B ano que vem.

Figueirense, 19 pontos (4 vitórias, 2 empates e 7 derrotas)
O time do Animal não anda bem no Brasileirão. O grande momento desta temporada foi a vitória sobre o Corinthians nas oitavas-de-final da Copa do Brasil e pelo andar da carruagem será este mesmo.

Melhor momento: venceu o Botafogo fora de casa e quebrou a invencibilidade do então líder em jogos no Rio de Janeiro. Naquela vitória por 1-0 Edmundo foi muito importante e deu o passe decisivo para o gol de Marquinhos Paraná.

Pior momento: o Figueirense sofreu duas derrotas por 4-1 (Palmeiras e Atlético-MG) e uma por 5-2 (Fortaleza). A derrota para o Atlético, que aparentemente será adversário direto pela sobrevivência, aconteceu na primeira rodada do campeonato.

Previsão: acho que veremos o Figueira lá atrás até o fim do campeonato. Creio que junto com Atlético-MG e Paysandu é o candidato mais forte à série B.

Atlético-MG, 16 pontos (4 vitórias, 4 empates e 13 derrotas)
Os Atléticos ficaram muito tempo na lanterna do Brasileirão. No início o do Paraná e nas últimas rodadas o Mineiro. A realidade é que o Atlético-MG não tem uma boa estrutura fora de campo e seus jogadores não se acertam dentro dele. Com muitas brigas internas e com a pressão da fanática torcida, o Atlético sofre. E muito.

Melhor momento: talvez tenha sido ver o Cruzeiro perder o título para o Ipatinga no campeonato estadual. De feito próprio, posso considerar a última vitória sobre o Juventude com uma ótima atuação do jovem goleiro Bruno.

Pior momento: a derrota para o Vasco no Rio. O time apanhou dentro e fora de campo. A torcida revoltada foi ao aeroporto acertar as contas com os jogadores e até o xodó Marques, que errou um pênalti, ouviu.

Previsão: tenho pena dos atleticanos, mas acho que a única solução dos problemas do Atlético seria ir para a segunda divisão. Lá o clube seria obrigado a passar por uma reformulação que pode fazê-lo voltar a ser grande. A torcida não merece isto, mas o clube sim.

Paysandu, 16 pontos (4 vitórias, 4 empates e 13 derrotas)
O Paysandu, único time do Norte na primeira divisão e normalmente está lá embaixo na tabela. Às vezes acho que, pelo fato de ser o ?estrangeiro? do campeonato, o Papão é descriminado. Atualmente na lanterna, o time de Belém só venceu uma partida nos últimos dois meses de campeonato.

Melhor momento: na quarta rodada. Vitória sobre o São Caetano por 3-2. Róbson, o Rob-Gol, marcou dois gols, entre eles o gol da vitória aos 40 minutos do segundo tempo. A vitória foi a primeira do Papão no campeonato e quebrou a invencibilidade do time do ABC.

Pior momento: a derrota por 2-1 para o Cruzeiro, em casa, na 12ª rodada. O time da capital mineira foi à Belém e bateu o Papão com um gol de Fred e outro de Wagner. O Paysandu saiu na frente e não segurou o Cruzeiro. Esta foi a terceira derrota no Mangueirão, segunda seguida. Agora o Paysandu tem seis derrotas no seu temível estádio.

Previsão: junto com o Fortaleza é o time que o mando de campo mais influencia no jogo. Jogar em Belém não é fácil. Se não vencer em casa, como está acontecendo, o Paysandu ficará na lanterna. Se vencer, pode almejar algo mais.

Candidatos ao rebaixamento: aparentemente os cariocas estão respirando mais aliviados que no ano passado, mas ainda há um deles na lista dos candidatos ao rebaixamento. O Flamengo não anda bem e parece ser a bola da vez. O Vasco melhorou sabe-se lá como. Para mim, os maiores candidatos ao rebaixamento são: Brasiliense, Atlético-MG, Figueirense e Paysandu. Acredito que algum time carioca ainda entre nesta briga, mas parece que o Atlético-MG será o grande da vez na série B.

Luiz Felipe Pedone | 6:50 PM |
19 agosto 2005
O Velho Lobo de sempre...
Zagallo volta à Seleção querendo mais uma Copa do Mundo em seu currículo...

Após se submeter uma cirurgia que retirou parte de seu estômago, pâncreas, vesícula e duodeno, onde teve um tumor, Zagallo está de volta à Seleção. E do mesmo jeito, ele garante. Para o bem ou para o mal - e, na minha opinião, mais mal de que bem.

É difícil criticar Zagallo, porque o homem tem um currículo impecável. Duas Copas do Mundo como jogador, uma como treinador, uma como assistente e mais uma final disputada como treinador. Mas, ainda assim, poergunto... Será o tal "Velho Lobo" isso tudo?

O valor de Zagallo como jogador eu não vou discutir - até gol em final de Copa do Mundo o homem fez. Sem dúvida, seu papel na história da Seleção é inquestionável. Mas, e depois disso? O que Zagallo fez de espetacular pela nossa Seleção?

Copa de 70. João Saldanha, amante do futebol romântico e treinador com cabeça à frente de seu tempo, ex-treinador de um Botafogo que tinha em seu elenco uns tais de Garrincha, Didi e Nílton Santos, era o verdadeiro responsável por aquela Seleção. Quando o então presidente Médici pediu a presença de Dario, um garoto que vinha voando no Atlético Mineiro, Saldanha, marrento que era, entendeu que aquele time afiado não precisava de Dario (e NÃO PRECISAVA MESMO) e respondeu: "Eu não escalo o ministério, então o Presidente não queira escalar a Seleção". Graças a essa declaração, a maior injustiça do futebol brasileiro foi cometida. Médici exigiu que a CBD afastasse Saldanha. O treinador foi afastado do cargo e para seu lugar chamado Zagallo, que tinha a seu lado um jovem assistente, Carlos Alberto Parreira. Zagallo não fez NADA na Copa. Aquele time afiado nem precisava de treinador. O time jogava só. E quem o armou foi Saldanha. O time era dele, o título também.

Nas Eliminatórias para a Copa de 94, papéis invertidos, Zagallo foi o assistente de Parreira que se opunha a convocação de Romário - porque, quando convocado a Copa América de 91, Romário chegou, foi relacionado para o banco e disse que não havia vindo da Holanda para o Brasil para ficar no banco, e se mandou. Temendo a não-classificação, Parreira chamou Romário. O que o Baixinho fez na última partida das Eliminatórias e na Copa todos nós sabemos.

Em 98, Zagallo como treinador escalou um time estranho. Levou Doriva à Copa. E levou três jogadores em fase excepcionais - Edmundo, Denílson e Giovani, para deixá-los no banco. Na zaga titular, Júnior Baiano. Um Bebeto irregular atuou toda a Copa. Romário foi cortado e substituído por Emerson (um volante!!). O time que Zagallo montou se mostrou irregular toda a competição e, na final, perdeu por incontestáveis 3x0 da França.

Depois de ficar de fora em 2002, Zagallo é chamado de volta à Seleção. Primeiro num amistoso de final de ano, contra a Coréia, que a CBF rotulou como "despedida de Zagallo - como pode, se antes Felipão tinha sido escalado para o jogo e se recusou? Despedida num jogo pré-marcado onde não tinha sido nem chamado? Em seguida, a Seleção anda para trás e chama a dupla Parreira-Zagallo novamente.

Parreira diz que a Seleção é dele e não deixa Zagallo interferir. O Velho Lobo está lá só como assistente. Mas de que adianta ter um assistente como Zagallo? Ora, o que Zagallo faz mais de últil na Seleção se não somar letinhas para resultados 13 e dizer para a câmera da Globo?

Zagallo tem seu valor, está imortalizado na Seleção. Mas entendo que ele não é o assistente que a Seleção precisa. Para esse cargo, a Seleção deveria ter o futuro sucessor de Parreira. O homem que vai assumir as rédeas quando o Parreira sair. E quem será esse homem? Zagallo de novo? Por favor, não!!
thiagoleal | 8:41 PM |
18 agosto 2005
Brasil e Croácia: faltou ritmo
Seleção empata em Split

A seleção brasileira empatou com a Croácia em 1 a 1. O jogo foi fraco e a seleção brasileira demonstrou a falta de preparo após as férias e o pouquíssimo tempo para treinar antes do amistoso.

O primeiro gol saiu dos pés de Juan e acabou com Niko Kranjcar. Juan fez um recuo maluco para Dida e o goleiro não conseguiu controlar a bola, Olic roubou e mandou na trave. No rebote Niko Kranjcar, o filho do técnico croata, marcou. Aos 41 Ricardinho acertou uma bela cobrança de falta no ângulo e empatou o jogo.

A seleção perdeu algumas oportunidades, a maioria delas com Ronaldo e a Croácia também desperdiçou as suas. No geral, o jogo foi lento e sem grandes jogadas.

Este é o tipo de jogo que só serve para ganhar dinheiro e para a Nike divulgar seus uniformes feios. A seleção não jogou bem, não teve tempo para treinar e a impressão que fica não é boa. Esse tipo de amistoso só é bom para os negócios, para o esporte é uma catástrofe.

Dados da partida:

Local: Estádio Poljud, em Split (Croácia)
Árbitro: Florian Meyer (ALE)
Gols: Kranjcar, aos 31 min, e Ricardinho, aos 41 min do primeiro tempo
Cartão amarelo: Lúcio (B)

Croácia: Tomislav Butina (Pletikosa), Robert Kovac, Stjepan Tomas (Simic), Igor Tudor e Josip Simunic; Niko Kovac (Vranjes), Marko Babic, Darijo Srna e Niko Kranjcar (Seric); Ivan Klasnic e Ivica Olic (Eduardo da Silva). Técnico: Zlatko Kranjcar

Brasil: Dida, Cafu, Lúcio (Luisão), Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto (Renato), Ricardinho (Robinho) e Kaká (Juninho Pernambucano); Adriano (Júlio Baptista) e Ronaldo (Ricardo Oliveira). Técnico: Carlos Alberto Parreira
Luiz Felipe Pedone | 2:02 PM |
Um grande coletivo
Para a seleção brasileira, os amistosos fazem as vezes de um treino


Lembro que no centenário do Real Madrid, Felipão foi o técnico escalado para dirigir a seleção dos "Melhores do Mundo", que contava com os brasileiros Kaká (convocado a pedido de Scolari), Rivaldo e Cafu. O jogo era comemorativo e os jogadores se apresentaram na véspera da partida. Brincando, Felipão disse... "a tática é a seguinte, 11 de vocês entram em campo e jogam".

Esse parece ser o espírito de quando a Seleão Brasileira joga amistosos com times tecnicamente menores - se é que pode-se chamar a Croácia, quase classificada ao Mundial, de "time menor". Sem rotina de treinos e se apresentando um dia antes do jogo, o máximo que a Seleção pode fazer é reconhecer o gramado. E só. Não tem como entrosar um time assim - então um amistoso desse nível não serve como teste, e não tem como se analisar e criticar a seleção taticamente.

Ricardinho, um Alex em proporções menores, tanto no seu nível de jogo quanto no azar que tem com a camisa amarela, afinal, ele nunca joga, foi premiado ontem. Marcou seu gol de falta que pode valer um pontinho na lista de convocados para a Copa. Mas acredito que Ricardinho não vai a Copa. Não que ele não seja um bom jogador. Muito pelo contrário. Ricardo tem talento, prova isso pelo que joga no Santos. Mas é concorrente de Alex e Juninho. Parreira certamente não abdicará deles dois, a não ser que aconteça algo daqui para lá. Quem sabe se um deles dois brincarem de goleiro nas vésperas da Copa...

Caso Messi:
Não entendo porque a imprensa brasileira é tão maldosa com os argentinos. É uma tentativa infantil de dar o troco no Olé? Porque, fora esse jornal, nenhuma mídia argentina desrespeita o futebol brasileiro. Na terça, Maradona recebia muito bem o Pelé em seu talkshow. Na quarta, acontece o lance azarado do Messi, grande jogador que tem muito futuro com a camisa albiceleste.
O próprio Pekerman ressaltou que foi um lence infeliz, fruto da inexperiência e nervosismo do estreante, e disse que está feliz com a integrassão de Messi no grupo, que o recebeu bem. Aí leio em certos websites brasileiros que o jovem acaba de comprometer seu futuro na Seleção. Que é isso...? Pra que esse sensaciolalismo? Messi tem só 18 anos. Não vamos queimar o menino. Acidentes acontecem. Quero vê-lo com a camisa nacional de novo, se redimindo do acontecido. E calando a boca de muita gente.
thiagoleal | 1:17 PM |
17 agosto 2005
Argentinos vencem em Budapeste
Messi decepciona em sua estréia

A seleção argentina derrotou a Hungria, em Budapeste. O jogo não apresentava grandes atrativos e por isso mesmo não me decepcionou. Uma partida fraca onde os três gols, dois dos argentinos e um dos húngaros, saíram em bolas cruzadas.

O grande momento da partida aconteceu quando o melhor jogador do último Mundial Sub-20, Lionel Messi, foi chamado pelo técnico argentino José Pekerman.

Messi, que joga pelo Barcelona desde os 13 anos de idade, pode ser comparado com o Robinho para a nossa seleção: um desejo nacional. O jovem garoto, para alguns, é o melhor jogador argentino pós Maradona.

Messi entrou e... Saiu! Não durou nem dois minutos completos na partida. No seu primeiro lance e único, Messi se livrou do zagueiro e saiu em direção à área. O defensor, derrotado no lance, o segurou pela camisa. Messi, ainda muito jovem e inexperiente revidou com uma cotovelada. O que lhe redeu a expulsão.

É triste ver uma estréia acabar desta maneira. É pior ainda quando acontece com um craque do calibre de Messi. E mesmo com toda a rivalidade Brasil-Argentina eu torço para que Messi se recupere e consiga render o que pode na seleção albiceleste.

"Foi um erro de Messi, mas estou feliz por ele ter entrado em campo. O futebol é injusto. Mas temos que ressaltar o lado positivo: o grupo o recebeu muito bem. Ele e Zabaleta são importantíssimos."
José Pekerman, sobre Lionel Messi.
Luiz Felipe Pedone | 4:02 PM |
11 agosto 2005
Camisas de outras cores
Jogadores brasileiros atuando por outras Seleções

Em 1934 o ponta-direita Filó, sob o nome Guarisi, se tornava o primeiro brasileiro Campeão do Mundo. Ex-jogador do Corinthians e do Palestra Itália, Filó se naturalizara italiano, e disputou a Copa do Mundo pela Azzurra - e venceu. Nem sabia Filó que vestir a camisa de outra Seleção se tornaria bem comum para os garotos nascidos no Brasil... e, claro, por outras razões.

Atualmente, dois brasileiros brigam pela coroa de principal ídolo estrangeiro em "seus países": Deco, pela Seleção Portuguesa - ídolo incontestável do fuutebol lusitano e, certamente, estrangeiro naturalizado mais badalado do futebol mundial; e Francileudo dos Santos, pela Seleção da Tunísia, autor do gol do título na última Copa da África e "herói nacional". Claro, este com bem menos marketing que Deco.
"Deco é nosso ouro", me disse certa vez um torcedor português. Derlei, outro brasileiro jogador do Porto, adquiriu seu passaporte português e vive a espectativa de ser convocado por Felipão. Jardel, em seus tempos de Sporting, declarou que amava Portugal e seu sonho era defender a camisa rubro-verde. Impossível, Jardel!! O Sr. já vestiu a amarelinha antes.
E se portugal busca mais um brasileiro para se encaixar em seu time, a Tunísia de Francileudo já contava com um outro brasileiro, mesmo antes do sucesso do atacante: Clayton, que joga pelos africanos desde a Copa de 2002.

A Alemanha conta com um multi-nacional Kevin Kuranyi, nascido no Brasil, filho de mãe panamenha e pai alemão, neto de avô húngaro. OK, não dá pra considerar Kuranyi brasileiro. Mas Paulo Rink, formado no Atlético Paranaense, ex-jogador do Bayer Leverkusen, era um brasileiro legítimo naturalizado alemão e vestindo a camisa da seleção mecânica.
Ainda temos Zinha pelo México e Alex Santos pelo Japão - país que teve Wágner Lopes na Copa de 98 e conta com Zico como técnico atual.
Se formos contabilizar esses ídolos do passado, teremos Alexandre Guimarães que atuou pela Costa Rica na Copa de 90 (e dirigiu o país em 2002) e Luís Oliveira (Oliverrá) pela Bélgica em 94 e 98.

Claro que muitas vezes, a naturalização ocorre por laços e raízes com o país em questão. Mas o mesmo pode ocorrer pela impossibilidade de defender a Seleção Brasileira. Hoje é fácil dizer que Deco é um grande jogador. Mas há dois anos, quando convocado, a primeira coisa a se comentar foi, "Deco não teria espaço na Seleção Brasileira". E Derlei? Teria espaço? Quanto a Francileudo?
Cada vez mais concorrida, a Seleção Brasileira se torna um clube restrito. É natural que jogadores brasileiros venham a se naturalizar estrangeiros. O "croata" Eduardo da Silva, caso mais recente, certamente não será o último. Resta saber quantos brasileiros teremos em campo na Copa da Alemanha - claro, com camisas de outras cores que não amarela.
thiagoleal | 10:16 AM |
10 agosto 2005
Brasileiro contra o Brasil?
Seleção croata convoca brasileiro naturalizado

Hoje o técnico croata Zlatko Kranjcar anunciou os convocados da sua seleção para o próximo jogo, contra o Brasil. Na complicada pronuncia dos complicados nomes, um nos chama atenção: Eduardo da Silva, do Dínamo Zagreb. Sim, o comum sobrenome não engana: Dudú é brasileiro.

Eduardo da Silva Alves, o Dudú, nasceu no Rio de Janeiro e mudou-se para a Croácia aos 17 anos. Lá começou jogando pelo Inter Zapresic, time da segunda divisão do país. Sofreu, como todos os brasileiros que se aventuram na Europa, com o frio e com a língua diferente, mas aos poucos foi demonstrando seu potencial.

Após jogar algumas temporadas das divisões de base da Inter de Zapresic, o carioca teve sua chance e não desperdiçou. Logo depois foi contratado pelo Dinamo Zagreb, time da Liga Croata de Futebol. Chegando ao modesto Zagreb, Dudú liderou o time para uma Copa da Croácia e uma Supercopa Croata, dois dos maiores títulos daquele país.

Ano passado Dudú naturalizou-se croata. Lá, diferente de seu país natal, o jogador é reconhecido. No campeonato nacional é um dos maiores nomes. Logo depois de naturalizar-se, Dudú participou, com os croatas, das eliminatórias para o Mundial Sub-21, que aconteceu na Alemanha.

Dudú foi convocado para o amistoso contra a Irlanda, na seleção principal. Mas para os croatas isto não era surpresa, Dudú vinha fazendo a diferença e ajudando seu time na Copa da UEFA.

Agora o carioca-croata tem uma missão complicada: enfrentar seu país natal. Talvez não guarde mágoa, pois foi embora muito cedo, mas uma coisa é certa, ele tentará provar seu talento.

Os demais escalados são:

Goleiros: Tomislav Butina (Bruges, BEL), Stipe Pletikosa (Shakhtar Donetsk, UCR), Joseph Didulica (Áustria Viena, AUT).
Zagueiros: Robert Kovac (Bayern de Munique-ALE), Josip Simunic (Hertha Berlim-ALE), Igor Tudor (Juventus-ITA), Stjepan Tomas (Galatasaray-TUR), Mario Tokic (Graz-AUT), Darijo Srna (Shakhtar Donetsk-UCR), Anthony Seric (Panathinaikos-GRE), Dario Simic (Milan-ITA).
Meias: Jurica Vranjes (Stuttgart-ALE), Marko Babic (Bayer Leverkusen-ALE), Niko Kovac (Hertha Berlim-ALE), Ivan Leko (Bruges -BEL), Niko Kranjcar (Hajduk-CRO), Jerko Leko (Dynamo Kiev-UCR), Ivan Bosnjak (Dínamo Zagreb-CRO).
Atacantes: Ivan Klasnic (Werder Bremen-ALE), Dado Prso (Glasgow Rangers-ESC), Bosko Baliam (Bruges-BEL), Eduardo da Silva (Dínamo Zagreb-CRO) e Ivica Olic (CSKA Moscou-RUS).
Luiz Felipe Pedone | 3:55 PM |
05 agosto 2005
O gênio está de volta
Zinedine Zidane volta a defender seu país

FUTEBOL INTERNACIONAL
Quando penso num camisa 10 clássico, um sujeito digno de usar o número imortalizado pelo rei Pelé, por Maradona (Deus?) e por Michel Platini, o únco nome que me vem à cabeça no futebol moderno é o de Zinedine Zidane.
Herói de seu país na final da Copa de 98, Zidane sempre foi, a meus olhos, um jogador infalível. Sua postura em campo pode ser comparada a de Cruyff ou a de Falcão. Seu domínio de bola é perfeito, e sua visão de jogo o deixa no mesmo nível dos craques do passado. Não por acaso, foi eleito por três vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA.

A Copa de 2002 foi um fracasso para a Seleção Francesa. Atual campeã e apontada como favorita antes da competição, Les Bleus não marcaram um gol se quer. Zidane estava machucado. Entrou em campo apenas na última partida, derrota de 2x0 para a Dinamarca. E se esforçando muito. Fracasso francês.
Zizu se aposentou da Seleção Francesa após outro fracasso: eliminação pré-matura da Eurocopa 2004 na derrota para a então futura campeã Grécia. E a França entra num princípio de crise, precisando buscar pontos fora de casa contra a Irlanda e a Suíça para se garantir na Copa do Mundo. É mole?

Recentemente, para o amistoso contra a Costa do Marfim, seleção bola da vez africana quase garantida na Copa (e ainda conta com o craque Didier Drogba, do Chelsea), a Federação Francesa deu uma notícia que animou sua torcida: Zidane volta a defender Les Bleus.

Zizu deixa claro que volta à Seleção Francesa por amor à camisa, e não porque é o único capaz de pôr os franceses na Alemanha. "Quero ajudar, mas não sou Salvador da Pátria", declarou. De fato, se a presença de Zidane fosse o bastante para que a Seleção Francesa atingisse o mesmo nível de Brasil ou Argentina, Les Bleus não teriam caído diante da Grécia em 2004. Mas só o fato deste gênio estar usando a camisa 10 de seu país, já dá um ânimo muito maior a time e torcida. Os ingressos para a partida com a Costa do Marfim, a ser realizada em Montpellier, esgotaram.

Sem nenhuma mágoa de torcedor pela final da Copa de 98, fico feliz pela volta de Zidane à Seleção. Não sei quando vou ver um outro meia com a mesma classe de Zizu em campo. E, na minha memória, fica uma brincadeira feita entre o narrador Milton Leite, à época na ESPN Brasil, e um telespectador, durante uma partida do Real Madrid: "Zidane teria espaço para jogar no Figueirense?", perguntou o telespectador. Milton deu uma risada e respondeu "Talvez, se ele treinasse um pouco" Nesse instante Zidane pega na bola, faz uma mágica qualquer e dribla um volante com um passe de letra. E o Milton diz "Olha aí o Zidane. Joga nada o Zidane, né?"

Bienvenue retour, Zizu!!
thiagoleal | 2:09 PM |
04 agosto 2005
Fenômeno volta a vestir sua camisa 9
Parreira convoca Ronaldo após o castigo de dois meses atrás

Há mais ou menos dois meses Parreira cortara Ronaldo da Seleção. A última vez que lembro do Fenômeno ter sido cortado foi em... bem... ah, é. Isso nunca aconteceu! Quer dizer, a não ser quando Ronaldo sofreu suas contusões. Mas o Fenômeno nunca teve de ser cortado da equipe por outros motivos. Na Copa América do Peru, em 2004, ficou de fora por opção - pediu férias.
Esse ano, resolveu pedir férias novamente, e Parreira o cortou também das Eliminatórias.

O corte de Ronaldo fez falta em alguns momentos. Adriano, seu sucessor, mostrou que o Fenômeno deve abrir seus olhos e cuidar de sua vaga de titular. Mas o Tanque ainda é muito inconstante, muito irregular. Pode ter atuações desastrosas, como na partida da Argentina pelas Eliminatórias; ou grandes atuações, como nos jogos contra Grécia e Argentina novamente pela Copa das Confederações. Robinho não é centroavante. E Ricardo Oliveira ainda não tem ritmo como titular da Seleção. Outros dois bons centroavantes brasileiros, Vágner Love e Liédson têm menos experiência ainda - no caso do último, nunca vestiu a camisa amarela.

Muita gente torce o nariz para Ronaldo. Pudera. O Fenômeno hoje em dia parece estar farto da Seleção. Parece mais interessado em dar em cima de modelos (famosas ou não) e aparecer ao lado delas no Fantástico de que nos jogos pela Selação Brasileira. Aliás, parece que hoje em dia, Ronaldo está farto do futebol. Luxemburgo se queixou recentemente de que o Camisa 9 simplesmente não gosta de treinar. Isso causa antipatia na torcida.

No entanto, Ronaldo é o melhor centroavante do mundo - ainda. Ronaldo é mais decisivo que Henry, mais habilidoso que Nilsterooy, mais matador que Crespo ou Shevchenko. É melhor que todos eles, sim. Quando entra em campo e marca dois gols, Ronaldo acaba subvertendo a antipatia da torcida. Pelo menos até sua próxima atitude antifutebolística fora de campo.
Logo, Ronaldo retorna a seu lugar de direito na seleção. A camisa 9 (ainda) é sua. O Fenômeno já teve seu castigo merecido - foi cortado das Eliminatórias e, assim, abalou sua confiança com Parreira, e adquiriu uma sombra - e das grandes. O Imperador Adriano. Parreira já garantiu que a vaga de titular da Seleção é de Ronaldo, mas não é intocável.

O castigo sofrido pelo Fenônemo mostra que qualquer má fase que atravesse pode tirá-lo do time titular. Ou seja, melhor se cuidar fora de campo também, em termos de imagem e atitude. Ou será que o Parreira estava apenas ameaçando? Lembrando que Ronaldo já chegou a esquentar o banco no Real Madrid. O mesmo pode acontecer na Seleção.

Repito: o Fenômeno ainda é o melhor. Mas o panorama atual do futebol exige mais que apenas talento. Adriano está na fila. E atrás dele Robinho, Ricardo Oliveira, Júlio Baptista...

(...)
Bom, e gostaria de abrir um parêntese aqui para falar da nossa ausência no blog. Como tratamos de Seleção Brasileira, acabamos ausentes após a Copa das Confederações, e estamos voltando agora com o amistoso que está para ser realizado. Mas estamos discutindo postagens sobre a história da Seleção, com jogos do passado, Copas do Mundo e acontecimentos em geral para manter o Camisa10 atualizado.
thiagoleal | 3:15 PM |
02 agosto 2005
Parreira convoca seleção para amistoso
Última chance para Alex

Carlos Alberto Parreira anunciou os vinte e dois jogadores que irão enfrentar a Croácia no próximo dia 17. Mudança mesmo só a chegada de Alex na zaga.

O ex-zagueiro do Santos teve uma boa temporada com o PSV da Holanda e já estava na boca do povo como uma solução para os intermináveis problemas na defesa brasileira. Se é ou não, eu não sei. Só sei que se ele quiser provar que merece um lugar na seleção precisará suar a camisa, pois jogará sua vaga neste jogo. Se for bem, ainda tem chance. Se for mal, assistirá a Copa em casa.

Júlio César, que atualmente está no Inter de Milão, foi convocado e provavelmente ficará na reserva de Dida. Se entrar é para ser testado.

Ronaldo está de volta após o epsódio da Copa das Confederações, no qual ele terminou como vilão. Segundo Parreira, Ronaldo está mais magro. Ronaldo em forma é ainda um fenômeno.

A grande ausência até então é do homem-firula Ronaldinho. Suspenso para o próximo jogo das eliminatórias, contra o Chile, o craque do Barcelona não será usado por Parreira. Roque Júnior se encontra no mesmo caso.

O jogo contra o Chile será dia 4 de setembro em Brasília. Jogo que pode valer a classificação para o Mundial.

Lista completa:

Goleiros:
Dida (Milan-ITA), Julio César (Inter de Milão-ITA)
Laterais:
Cafu (Milan-ITA), Cicinho (São Paulo), Roberto Carlos (Real Madrid-ESP) e Gilberto (Hertha Berlim-ALE)
Zagueiros:
Alex (PSV), Juan (Bayer Leverkusen-ALE), Lúcio (Bayern de Munique-ALE) e Luisão (Benfica-POR)
Meias:
Émerson (Juventus-ITA), Zé Roberto (Bayern de Munique-ALE), Juninho Pernambucano (Lyon-FRA), Renato (Sevilha-ESP), Kaká (Milan-ITA), Ricardinho (Santos), Gilberto Silva (Arsenal-ING) e Júlio Baptista (Real Madrid-ESP)
Atacantes:
Robinho (Santos), Ronaldo (Real Madrid-ESP), Adriano (Inter de Milão-ITA) e Ricardo Oliveira (Bétis-ESP)
Luiz Felipe Pedone | 12:00 AM |
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