Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
30 junho 2005
Primeiro mês, primeiro título!
Blog comemora o primeiro mês com título da seleção

O nosso primeiro mês foi ótimo. Grandes vitórias, bons clássicos e um título. Tudo que pedimos para começar o blog de forma forte e, de certa forma, testar a nossa organização. Acredito que no geral nos saímos bem.

Durante o mês de junho pudemos assistir a dois clássicos entre Brasil e Argentina no time adulto, outro no Mundial Sub-20, Brasil e Alemanha e provavelmente a maior mudança que aconteceu nos últimos dois anos na seleção: a introdução do 'Quarteto'.

Dentro de campo, vencemos quatro partidas, empatamos uma e perdemos duas. Marcamos 17 gols e sofremos 10.

Aproveito a oportunidade para agradecer o apoio dos que comentam por aqui e que nem sempre concordam com os nossos pontos de vista, mas são sempre nosso maior apoio para manter o blog de pé. Espero que daqui a um ano, quando o blog já terá mais de doze meses de vida, possamos estar comemorando o hexacampeonato.

Um forte abraço!
Luiz Felipe Pedone
Luiz Felipe Pedone | 11:46 PM |
Invertendo as listras do jogo
Argentina 1 X 4 Brasil - Los Albicelestes fracassam diante da força da Camisa Amarela em mais uma decisão

Eu poderia dizer que a situação do jogo de ontem foi inversa ao jogo do dia 8, em Buenos Aires, que a Argentina dominou. Não foi. Foi muito pior. O time argentino foi completamente envolvido pelo jogo rápido da Seleção Brasileira.

Seus bons deefensores, em especial Heinze e Zanetti, ficaram perdidos nas viradas de bola do ataque verde-amarelo que aconteciam com freqüência. A marcação argentina, tão forte e eficiente no jogo das Eliminatórias, em momento nenhum se encontrou em campo. Falhou nos quatro gols brasileiros - talvez, à exceção do primeiro. Mas marcação no setor defensivo da Argentina não havia. Fez falta aí a organização do jovem Mascherano. Placente falhou em substituí-lo. Ao lado de Coloccini, só fez bater. Faltou Samuel. Bem melhor.

Sorín foi o único argentino com espírito guerreiro em campo. Lutou, atacou mais de que dedfendeu, mas fez o possível para marcar. Bateu também. Muito. Merecia, inclusive, receber cartão vermelho. Riquelme sumiu em campo. E ele não estava bem marcado, por Émerson. Acontece que a saída de bola argentina, nos pés de Placente, era péssima. Não existia. E faltava um homem do lado direito para virar o jogo com Riquelme. Faltava Lucho González, que destruiu no jogo das Eliminatórias. Ao invés dele, a Argentina contava com Cambiasso. Um atleta da Internazionale (ITA). Deveria ter suprido a falta do excelente meia do River. E, para essa posição, Pekerman tinha D'Alessandro. Excelente jogador. Mas não entrou.

No ataque, Figueroa não fez nada. Crespo faz falta? Faz. Mas de nada adiantaria ter em campo um Crespo que, seguramente, não tocaria na bola - ela não chegava até lá. E, na ausência de Saviola, expulso na semi-final, Pekerman escalou Delgado. O que "el Loco" Bielsa tinha contra Riquelme, parece que Pekerman tem contra Carlos Tevez. Nos poucos minutos que esteve em campo, Tevez demonstrou um pouco de sua habilidade e se apresentou bem para receber a bola. Por que ele não foi titular então? Bem melhor que Delgado.

Além disso, em diversos momentos o ataque argentino se perdeu na marcação brasileira - que finalmente funcionou. Delgado, Bernardi foram bem marcados... Figueroa também. A Argentina não merecia o gol de Aimar. Marcou seu gol de honra e não partiu para cima. O Brasil continuou dominando o jogo.

Resumindo, a Argentina simplesmente não se apresentou para o jogo. Fazem doze anos que o time principal argentino não ganha um título - desde a Copa América de 93. E o time alveceleste parece ter fragilidade para jogar Copas... e não pode demonstrar essa fragilidade na Copa do Mundo.

E, como prometi no post do dia 9, pegamos eles na Copa das Confederações. Não foi, Kaká? Sorte do Luiz que avaliou o Brasil.

A Argentina tem que estudar bastante sua postura para jogar a Copa do Mundo. O time é bom. Tem Riquelme, Sorín... terá Crespo, Lucho González, Mascherano... é muito bom, na verdade. Mas tem que jogar! Se não, não vence... e um país com duas Copas do Mundo não pode ficar 12 anos sem título. Desse jeito, não dá.

Se a Argentina tiver 50% da postura do jogo que teve contra o Brasil no dia 8, fará bonito. E isso fará bem ao futebol - assim como a atitude da Seleção Brasileira ontem fez muito bem à Copa das Confederações.

Já diria Ernesto "Che" Guevara... "Hasta la victória. Siempre!"

Melhor em campo pela Argentina: Sorín, por falta de opção.
Destaque negativo: Todo o time - em especial o jogo sarrafeiro de Placente, Coloccini e do próprio Sorín.
Palhaçada: A FIFA dar troféu Fair Play a Argentina que jogou o que jogou contra México e Brasil. Prêmio de consolação?

A Argentina:
#12 Germán Lux; #4 Javier Zanetti, #16 Fabricio Coloccini, #6 Gabriel Heinze, #3 Juan Pablo Sorín (CAPITÃO); #15 Diego Placente, #17 Lucas Bernardi, #5 Esteban Cambiasso (#10 Pablo Aimar), #8 Juan Román Riquelme; #11 Cesar Delgado (#22 Luciano Galletti), #21 Luciano Figueroa (#9 Carlos Tevez)
Técnico: Jose Pekerman
thiagoleal | 5:37 PM |
Argentinos brincam, mas aceitam
Olé assume superioridade brasileira


A imagem ao lado é da capa do jornal esportivo Olé, o de maior influência na Argentina. "Por razões técnicas, não se pôde imprimir esta página. Desculpem-nos, até amanhã." E no site diz: "Quarta-feira: a seleção [Argentina] é goleada e River fora da Copa. Brasil comemora."

Mesmo da forma deles, eles aceitaram a derrota da tarde de ontem e admitiram que a seleção jogou genialmente. Em um artigo diz: "Brasil foi terrivelmente superior a Argentina". Em outro: "Eles foram muito mais que a nossa seleção. Golearam, levaram a Copa e ainda fizeram a revanche do 3 a 1."

Juan Pablo Sorin, capitão e líder da seleção argentina, disse ao jornal: "Onde estava a diferença? Eles converteram as chances que tiveram direito, como nós o fizemos em Buenos Aires. E isto muda qualquer partida." E completa: "Eles estiveram mais concentrados e foram superiores."

E sobre Adriano, o quê eles dizem? O homem que acabou com a Copa América e a Copa das Confederações é considerado por lá "Um animal."
Luiz Felipe Pedone | 3:23 AM |
29 junho 2005
Se a torcida queria a vingança, aí está!
Brasil vence a Argentina por goleada em final histórica


Se havia alguma desconfiança sobre o "Quarteto Mágico", esta dúvida chegou ao fim hoje. Em uma atuação inspirada dos quatro craques ofensivos, a seleção brasileira devolveu de forma histórica a derrota de três semanas atrás em Buenos Aires.

Diferente daquele jogo, hoje tudo funcionou. Adriano acertou seu potente chute de fora da área, Robinho e Kaká marcaram e criaram e Ronaldinho, mesmo não mostrando seu enorme potencial todo, foi muito importante.

A defesa, que como sempre foi alvo de críticas algumas vezes maldosas, jogou com perfeição e seguiu o esquema treinado durante esta semana por Carlos Alberto Parreira. E até ele, que nem eu consigo gostar (e eu gosto até do Roque Júnior!), acertou a mão.

Cicinho, que até o início desta Copa das Confederações parecia não ter chance de ir à Copa, jogou bem e foi muito importante na conquista do título. E, pelo que parece, voltará à Alemanha daqui a um ano.

Se "O Imperador" ainda tinha que provar algo, ele provou. Se não tinha, firmou-se mais forte ainda e deixa Parreira com uma dor de cabeça que qualquer técnico gostaria de ter. Quem joga: Ronaldo ou Adriano? Ou será que os dois entram em campo juntos e Robinho fica no banco?

Adriano terminou o torneio como artilheiro (cinco gols), melhor jogador e sem dúvida o homem decisivo no título da seleção. Adriano marcou, na segunda fase do torneio, quatro gols em dois jogos. E foram gols contra times como Alemanha e Argentina. Algo realmente impressionante.

Kaká marcou um lindo gol e foi, como sempre, útil ao time. Este é um dos melhores jogadores desta geração, é de uma visão de jogo fora de série e será importante no esquema da seleção para a próxima Copa.

Robinho, o único do quarteto que não marcou gol, saiu de campo garantindo que irá jogar pelo Real Madrid. Nós, brasileiros, sentiremos falta. O garoto da Vila teve uma boa atuação, incomodou o maldoso zagueiro Colloccini e acertou uma na trave.

Lúcio e Roque Júnior foram firmes e não cometeram erros. A defesa jogou mais sólida e provou que há como jogar ofensivamente sem sofrer em toda bola na área. Gilberto, Zé Roberto e Émerson também se destacaram no setor defensivo.

No total, uma seleção que vence a Argentina por 4 a 1 em uma final não pode ser criticada. E não há realmente o quê reclamar.

Esta seleção é favorita ao título no próximo Mundial. O quê fez hoje não é para qualquer uma. Se jogarmos com a determinação e a dedicação demonstrada hoje, podem ter certeza que daqui a um ano, no dia 9 de julho de 2006, a seleção brasileira comemorará mais uma Copa do Mundo. Se não jogar, aí já é outra história...

Melhor jogador (eleito pela FIFA): Ronaldinho.
Destaque negativo: Deixo para o Thiago, que irá escrever sobre os argentinos.
Luiz Felipe Pedone | 7:37 PM |
28 junho 2005
No Sub-20, a Argentina venceu
Brasil é eliminado pela Argentina, que irá enfrentar a Nigéria.

Brasil e Argentina são os grandes nomes dos Mundiais Sub-20. Venceram nada mais nada menos que oito edições do torneio, quatro cada. E sempre que se encontram fazem jogos dramáticos e decisivos.

E este ano não foi diferente. Mesmo com uma péssima atuação, a seleção brasileira só foi eliminada aos 48 do segundo tempo em um lance de azar da defesa brasileira.

O jogo foi fraco. A Argentina saiu na frente, com um belíssimo gol do excelente Lionel Messi. Renato (Atlético-MG) perdeu a bola na intermediária brasileira e a dupla Neri Cardozo e Messi definiram, com um lindo e preciso chute do garoto sensação Messi. Bem, a Argentina conseguiu seu gol aos sete do primeiro tempo e esperou o Brasil.

A seleção, porém, nada conseguia. O time não se organizava e forçava jogadas individuais. O gol argentino e a péssima produção brasileira fizeram o jogo ficar chato e muito mal jogado. De um lado os argentinos batiam, do outro os brasileiros tentavam fazer algo, sem nenhum sucesso.

No segundo tempo, a postura era diferente, mas nenhuma clara chance de gol. E se a seleção não jogava bem e Renato, que havia falhado no primeiro gol mal aparecia em campo, eis que surge, praticamente do nada, um gol para o Brasil. Fábio Santos cobrou falta e Renato, de costas, desviou a bola e empatou. Um gol sem merecimento, mas um gol.

Se a seleção não conseguia jogar atrás no placar, também não conseguia segurar a seleção Argentina após o gol de empate. Os minutos que sucederam o gol de Renato foram de total domínio argentino, que só aos 48 minutos, em um lance confuso na área, fizeram o gol da vitória. Pablo Zabaleta chutou, a bola desviou na zaga e matou o goleiro brasileiro.

A derrota é sofrida, mas merecida. A seleção não merecia vencer hoje, não fez por onde em momento nenhum da partida e não há o quê reclamar.

Agora os albiceletes irão enfrentar a Nigéria, que bateu o Marrocos por 3 a 0 na outra semi-final. E os nossos vizinhos agora podem ser pentacampeões!
Luiz Felipe Pedone | 11:56 PM |
Destaques de Brasil e Argentina
Luiz Felipe Pedone | 2:53 PM |
27 junho 2005
Na hora certa
Brasil e Argentina podem colocar a Copa das Confederações no mapa do futebol

Em setembro passado, a seleção brasileira embarcava para o Peru com um time reserva para o maior torneio de futebol das Américas, a Copa América. Parreira criticou abertamente e ninguém dava importância ao campeonato. O Brasil classificou-se, venceu o Uruguai e chegou a final. A Argentina, do outro lado, fez sua parte e também chegou lá. Neste momento o torneio tomou proporções únicas.

Brasil e Argentina nunca haviam decidido uma Copa América e aquele encontro era aguardado a muito tempo por ambas as seleções. A mídia mudou sua opinião, o técnico brasileiro mudou sua opinião. E a Copa América entrou, mesmo que de forma passageira, no mapa do futebol internacional.

Quarta-feira as seleções se enfrentarão. Decidirão um torneio organizado pela FIFA pela primeira vez. E agora, será que até a Copa das Confederações ganhará espaço e clima de torneio grande? Eu acho que sim. E para a FIFA, nada melhor que uma final desta para que o torneio, que para muitos é absurdo ou ridículo, ganhe espaço e se firme como uma das grandes competições internacionais.

Eu ouço muitas pessoas criticarem a Copa das Confederações. Muitos falam que os times sul-americanos perdem jogadores em fases importantes de seus campeonatos nacionais ou na Libertadores. E eu concordo. Mas concordo também que a FIFA precisa testar a estrutura dos estádios, organizações e segurança para a Copa do Mundo. Quem saberia dos riscos de invasão de campo na Alemanha sem a Copa das Confederações?

O campeonato é interessante. Une os campeões continentais e abre espaço para seleções menores jogarem contra times grandes. E, claro, jogos como Brasil e Alemanha no sábado passado, são espetáculos bons de se ver, mesmo quando o jogo é ruim.

As pessoas gostam de criticar a FIFA, criticar os torneios realizados por ela e as datas. Mas o quê ela pode fazer? Fazer um torneio só a cada quatro anos e no resto não aparecer em momento nenhum? Eu não gosto desta idéia. Torneios entre seleções são espetáculos únicos!

E como os times brasileiros - e mexicanos também - estão perdendo muito com os seus craques nas seleções, aí vai uma pergunta: por quê o nosso calendário tem que ser diferente do europeu?

Nós pertencemos ao primeiro mundo do futebol, mas financeiramente nós ainda somos o terceiro mundo. E isto não há como negociar, a FIFA, que é européia, irá seguir o calendário europeu. Se isto não é bom para nós, que nos viremos para manter os times por aqui. Ou mudamos o nosso calendário.

Seria ótimo ter jogos em dezembro e janeiro, época de férias em colégios e faculdades, época que vários trabalhadores estão de férias também. É verão. Mesmo com muitas chuvas, o espetáculo não ficaria pior que no inverno - quem consegue ver os jogos do Juventude em junho, julho?

Eu sei que lá na Europa os campeonatos são no inverno. Eu sei que aqui chove no verão. Eu sei que os jogadores querem férias no verão. Mas pelo amor de Deus, é melhor ter times completos em janeiro e ir jogar um jogo na Libertadores que ser eliminado em dezembro, por ter seus maiores craques jogando pela sua seleção nacional. E pior, colocar a culpa na FIFA.
Luiz Felipe Pedone | 8:53 PM |
Brasis X Argentinas

Semana terá três confrontos entre os grandes rivais

Logo amanhã, teremos em campo pelo Mundial Sub-20 uma semi-final entre Brasil X Argentina. Na quarta, Brasil X Argentina com seus times adultos, pela final da Copa das Confederações; e São Paulo X River Plate, pela Taça Libertadores da América. Definitivamente, essa é a semana Brasil-Argentina.

Pelo Mundial Sub-20, oito títulos mundiais em jogo. Dos quatorze mundiais até agora realizados, Brasil e Argentina venceram quatro cada um. A rivalidade nessa categoria é tão grande quanto na profissional.

Bem... o time brasileiro é rico em talentos individuais. Mas é tudo, menos um time. Os jogadores parecem mais preocupados em dar passes de calcanhar, dribles "nas canetas", resolver o jogo sozinho e se mostrar para olheiros e empresários de que em jogar mesmo. Rafael, mais conhecido por Rafinha, lateral direito do Coritiba, é o grande destaque da Seleção até agora. Diego Tardelli, injustamente expluso contra a Alemanha, tem mostrado muita garra - seu problema é ser muito criança ainda. E Bobô tem decepcionado tanto quanto suas atuações no Corinthians. O rapaz é bom, mas não sabe finalizar.
O resultado disso tudo é jogos com placares magros. 0x0 contra a Nigéria (semi-finalista), 1x0 contra a Suíça e 2x0 na Coréia do Sul. No melhor jogo, 2x1 contra a Alemanha, garantindo classificação para as semi-finais na prorrogação.
Grande destaque do Mundial: #2 Rafinha, lateral direito, que merece a faixa de capitão. Suas características lembram os argentinos Sorín e Zanneti.

A Argentina tem se apresentado melhor que o Brasil, embora tenha perdido seu primeiro jogo por 1x0 para os EUA. Mas se mostra um time mais coeso. O meia #18 Lionel Messi, do Barcelona, é o jogador mais badalado da Albiceleste. Mas o grande destaque da Argentina tem sido um outro meio-campista: #8 Pablo Zabaleta, do San Lorenzo.
Grande destaque do Mundial: #8 Zabaleta, como acabei de falar.

Os argentinos se classificaram ao bater a outra favorita, a Espanha, por 3x1. Esse Brasil X Argentina tem tudo para ser um grande jogo, nesta terça.

Na quarta, teremos a aguardada final da Copa das Confederações. Como previ aqui, tivemos confronto entre Brasil X Alemanha e agora, a final entre Brasil X Argentina.

Parreira anunciou que o time será o mesmo - a única alteração seria a volta de Cicinho como titular. Ou seja, teremos o mesmo quarteto em campo e basicamente o mesmo time que jogou dia 8 na Argentina. É bom, então, que Parreira tenha mostrado aos nossos jogadores onde eles erraram naquela partida. Ainda não confio em Adriano no ataque contra Coloccini ou Heinze, não confio em Emerson marcando Riquelme. Mas certamente o Brasil entrará em campo com outra atitude. Espero uma grande partida de Robinho e Kaká. Continuo achando que Juninho deveria ser titular, e Cicinho terá um bom teste, como marcador do polivalente Sorín. Nossos dois laterais para essa partida têm características parecidas com os argentios. Quanto a defesa, bem... sorte nossa que dessa vez o centroavante deles é Figueroa, não Crespo. Ainda assim, muito perigoso.
Essa final pode ser muito boa para a Copa das Confederações, que precisa ganhar crédito.

Jogos recentes:

Brasil 3 X 2 Alemanha
Melhor em campo: #13 Michael Ballack, que carregou sozinho a Alemanha em campo.

Argentina 1 X 1 México (6X5 nos pênaltis)
Melhor em campo: Seria o #16 Coloccini, da Argentina. Mas por sua entrada criminosa em Ramon Morales, do México, perdeu o destaque - que vai para o bom apoiador mexicano #14 Gonzalo Pineda.

São Paulo e River... se o Tricolor Paulista entrar em campo sem pensar na vantagem de 2x0, determinado a jogar bola e ir pra cima do River, pode garantir a classificação. Se pensar em segurar resultado contra o time de Lucho Gonzalez e Mascherano, vai ter dor de cabeça. O River tem um time muito bom, a nível do São Paulo.

E que nossos Brasis e Argentinas possam nos presentear com três grandes duelos essa semana.

thiagoleal | 12:18 PM |
26 junho 2005
Clássicos! E no plural mesmo
Brasil e Argentina na final

Os dois melhores do mundo chegaram à final da Copa das Confederações. Hoje, em Hanover, os argentinos classificaram-se para a final do torneio preparatório para a Copa do Mundo de 2006. O jogo contra o México terminou empatado em 0 a 0 no tempo normal e 1 a 1 no tempo extra. Nos pênaltis, ambas equipes foram perfeitas nas cinco primeiras tentativas. Apenas na sexta cobrança um erro, Ricardo Osorio chutou mal e o goleiro German Lux defendeu. E, para fechar, Esteban Cambiasso marcou. Fim de festa, Argentina na final.

Então, pela primeira vez em competições feitas pela FIFA, Brasil e Argentina decidirão o título. Bem, não sei por quê cargas d'água a Copa América não é oficializada pela FIFA, mas é isto. Quarta, em Frankfurt, os dois maiores do futebol atual irão se enfrentar no confronto histórico.

Muito clássico para um mês? Brasil e Argentina haviam se enfrentado a menos de três semanas em Buenos Aires, pelas Eliminatórias. E para completar, Brasil e Argentina irão jogar uma das semi-finais do Mundial Sub-20. Ou seja, serão três clássicos em um mesmo mês! Como os narradores costumam dizer: "É teste pra cardíaco." E em uma escala única!
Luiz Felipe Pedone | 9:22 PM |
Cadê o nosso camisa 10?
Ronaldinho até agora não provou que é o melhor do mundo na seleção

Ronaldinho fez uma Copa do Mundo como um coadjuvante e se saiu bem. Definiu o jogo mais difícil daquela Copa e não apareceu tanto nos outros. Mas não era a homem que nos levaria ao pentacampeonato, definitivamente.

Mas hoje, após três anos do Mundial da Ásia, o agora camisa 10 da seleção brasileira é o jogador que todos acreditam que irá mudar os jogos para nosso favor. O melhor do mundo, o gênio e malabarista Ronaldinho não faz uma boa Copa das Confederações e não faz um jogo memorável pela seleção há muito tempo. Tanto tempo que admito não lembrar de um, com exceção do jogo contra a Inglaterra em 2002.

Ronaldinho ganhou o prêmio de melhor do mundo. E o mereceu. O quê o Gaúcho fez pelo Barcelona temporada passada foi algo realmente grande e sua importância no título Espanhol pelo time catalão é enorme. E não quero diminuir isto, de forma alguma.

Mas na seleção, o super-habilidoso-querido-por-todos Ronaldinho não está rendendo. E não é de hoje. Contra seleções fracas ele faz festa, mas contra Argentina, Alemanha e até mesmo México, o quê ele fez? Absolutamente nada! E arrisco afirmar que atrapalhou a seleção em certos momentos.

Talvez o tal título de 'Melhor do Mundo' tenha subido a cabeça, talvez as propagandas e a mídia o faça sentir-se um astro que não deve só fazer gols ou assistências e ajudar sua seleção, mas também dar um show espetacular para gerações e gerações comentarem.

Ronaldinho é um fora de série. O quê ele é capaz de fazer com a bola não é comum. Mas se ele continuar prendendo bola, forçando passes cheio de estilo e achando que só irá marcar gols de placa, seu jogo plasticamente perfeito será tão útil como uma pintura de Da Vinci jogada em um porão.

Luiz Felipe não acredita que Ronaldinho erre tantos passes, acabe com tantos contra-ataques e não consiga fazer um gol normal. E pior, boa parte da mídia não tem coragem de criticá-lo.
Luiz Felipe Pedone | 3:12 AM |
25 junho 2005
Brasil está na final!

Brasil e Alemanha aos poucos vão formando uma nova e renovada rivalidade.

Desde a final da última Copa, onde as seleções se encontraram pela primeira vez em Mundiais, as seleções seguiram caminhos diferentes. A seleção brasileira conquistou a Copa América de forma heróica, a alemã decepcionou na Euro. O mundo aplaude de pé os nossos craques e ao mesmo tempo comentam o péssimo futebol alemão da atualidade.

Se há momentos diferentes entre as seleções, uma coisa é clara: toda vez que há um encontro o mundo pára para ver o clássico. Aconteceu isto em 2004 quando as seleções empataram em 1 a 1, num péssimo jogo e voltou a acontecer hoje, em Nuremberg. Ontem, em menor escala, Brasil e Alemanha se pegaram nas quartas-de-final do Mundial Sub-20 e nossos garotos se deram melhor, mesmo não jogando tudo que sabem.

Na Copa das Confederações, porém, a seleção não tinha um bom retrospecto. Uma vitória, um empate e uma derrota. Os alemães, donos da festa, tinham duas vitórias e um empate contra os argentinos. O jogo prometia.

Em campo, tudo começou normal. Dois times cautelosos. Aos poucos, o jogo foi tornando-se lento. Se o Brasil não criava, os alemães também não, mesmo tendo chegado mais ao gol de Dida.Aos 21 minutos da primeira etapa, em uma cobrança de falta de Adriano, o Brasil abriu o placar. Adriano, que não estava fazendo um bom torneio, marcou seu segundo gol na Copa, o segundo de fora da área. Aleluia! Podemos respirar e esperar os alemães!Era o quê Parreira queria, era o quê todos nós queríamos, mas logo depois, em uma das bobeiras da defesa, Lukas Podolski empatou em uma cabeçada. Inadmissível! Como uma defesa deixa o adversário cabecear na linha da pequena área?

A realidade é que nenhuma seleção merecia ter marcado. E merecia continuar assim, mas o juiz decidiu interferir na partida. Aos 43 minutos, Adriano passou por Huth perdeu na corrida para Adriano e fez pênalti. Claríssimo. E Ronaldinho fez o nosso segundo gol, 2 a 1.

E quando as malas globais comentavam que era só alguém encostar em um alemão na área que seria pênalti que Émerson coloca a mão em Ballack. Pênalti? Acho que não, mas o juiz chileno marcou. O próprio Ballack bateu e empatou o jogo.

Se fosse por merecimento, o primeiro tempo deveria ter terminado em 0 a 0.

No segundo tempo, porém, algumas mudanças. A maior e melhor: Cicinho no lugar do bom lateral direito Maicon. Cicinho foi um ponto para Parreira. Acertou a lateral direita que não estava jogando bem.

Mas chances de gol não apareceram, só uma ou outra. Só quando faltavam 14 minutos para o fim do jogo, Adriano, que foi eleito o melhor jogador da partida pela FIFA, marcou um belo gol. Um gol típico de atacantes de força com habilidade. E a partir daí, como no jogo de ontem a Alemanha teria que subir ao ataque. E quem disse que eles sabiam fazer isso? Então fim de festa: Brasil 3, Alemanha 2. Em mais uma vitória brasileira sobre o futebol decadente dos alemães. Amanhã México e Argentina fazem a outra semi-final e há uma grande chance de mais um Brasil e Argentina, os maiores do futebol atual.

Melhor jogador em campo: Adriano
Destaque negativo: a péssima arbitragem.

Luiz Felipe Pedone | 4:21 PM |
24 junho 2005
Brasil vira contra a Alemanha
No Mundial Sub-20, gol de Rafinha dá a vitória a seleção

A diferença de habilidade era assustadora, mas só quando Alexander Huber marcou o 1 a 0 para os alemães a seleção brasileira começou a jogar. E jogou muito. Após o gol marcado aos 23 minutos do segundo tempo, a seleção dominou o jogo por inteiro.

A seleção dominava e aos 37, Edcarlos, de bicicleta colocou a bola na trave. No rebote, com facilidade e até mesmo habilidade, Diego Tardelli marcou de cabeça. O jogo estava empatado e a seleção dominava mais e mais. Talvez nenhuma grande chance tenha saído até o fim do jogo, mas neste momento era visível a superioridade brasileira.

Nada decidido no tempo normal e lá fomos nós para a prorrogação. Parecia questão de tempo. E foi. Na primeira chance, Rafinha, que teve uma ótima atuação, marcou um belo gol chutando de fora da área.

O gol, marcado aos nove minutos da primeira prorrogação, nos deu uma enorme vantagem: forçar o péssimo time alemão subir ao ataque. E, como já era esperado, eles não conseguiram. Pior, quase sofrem o terceiro e o quarto, com Rafael Sobis e Quirino, respectivamente.

A seleção mostrou uma superioridade absurda quando esteve em desvantagem no placar, mas antes não mostrava ânimo para atacar. O próximo adversário sai de Espanha e Argentina e caso os nossos jovens façam o mesmo que fizeram contra a Alemanha, voltarão para o Brasil com as mãos vazias.
Luiz Felipe Pedone | 7:39 PM |
23 junho 2005
Estatísticas do clássico!

Sábado, em Nuremberg, Brasil e Alemanha se enfrentam pela semi-final da Copa das Confederações. Para você, quem vence? Votem no menu ao lado.
Luiz Felipe Pedone | 9:38 PM |
Ao menos conseguimos a classificação
Sem jogar bem, seleção empata com o Japão e conquista vaga nas semis

Brasil e Japão jogavam pela segunda vaga no Grupo B da Copa das Confederações 2005. De um lado, a atual campeã do Mundo, do outro, um time mediano com um gênio dos campos no comando. O jogo era para ser fácil, mas não foi. Em mais uma atuação pobre, a seleção empatou em 2 a 2 com a seleção japonesa.

Até que não começamos mal, criamos alguma coisa no primeiro tempo, período de onde saíram os nossos dois gols. Na defesa, absurdamente vulnerável, o time batia cabeça e logo no início o Japão teve um gol mal anulado.

Aos 10 minutos, logo após o tal gol anulado, Ronaldinho e Robinho enfrentaram a fraca defesa japonesa em um 2-contra-2 e fizeram um gol fácil. Aquele gol era o típico 'até minha vó fazia'. Logo depois, Kaká fez uma bela jogada e colocou a bola na trave. Kaká está jogando bem, sendo muito importante para o time taticamente e merecia o gol. Mas a bola não entrou, então continuou 1 a 0 para nós.

Aos 27, em um vacilo da defesa e do goleiro Marcos, os japoneses empataram. Nakamura acertou um 'balaço' da intermediária, sem nenhuma marcação, e pegou Marcos adiantado.

Robinho continuou a buscar alguma coisa e conseguiu fazer um belo passe para o gol de Ronaldinho, que definiu com categoria e deu novamente a liderança para a seleção.

Se o time jogou bem no primeiro tempo, não jogou no segundo. A seleção parecia esperar o fim do jogo, sem dar muita importância para a fraquíssima seleção japonesa. E realmente, eles são muito fracos. Mas como não há bobo no futebol - odeio este tipo de frase, mas se adequa perfeitamente - o time liderado por Zico conseguiu, aos 43 do segundo tempo, o empate. Ogasawara cobrou a falta com perfeição, mas a bola ficou na trave e Oguro pegou o rebote. Neste lance, mais uma mostra da fragilidade da defesa. Ninguém, repito, ninguém acompanhou o atacante japonês que teve facilidade de colocar a bola na rede.

E se a situação era ruim, sim, podia piorar. No minuto final, Oguro acertou uma cabeçada próxima ao travessão direito de Marcos. Se o nosso goleiro falhou no primeiro gol, salvou neste lance. Oguro tem 1.77 de altura, cabeceou sozinho dentro da pequena área. Cadê a nossa defesa?

Menos mal, estamos na semi-final!

Agora enfrentaremos os donos da casa, os não-mais-temíveis alemães. Sem o ótimo meio-campo Bastian Schweinsteiger, suspenso após levar o segundo cartão amarelo, o time alemão fica pior ainda. Ballack é a única arma da seleção de Juergen Klinsmann, caso Parreira treine o time de forma correta (?), exerça uma marcação especial no dono da bola do time de lá, temos tudo para estarmos na final. E não por nossos méritos, mas pelos deméritos do adversário. Ah, boa notícia de hoje: nos livramos da Argentina!
Luiz Felipe Pedone | 12:36 AM |
21 junho 2005
"O dia 21"
Meu pai diz que o dia 21 de junho é o maior dia da história do futebol nacional, dia em que o Brasil conquistou a Copa de 1970, venceu o jogo mais difícil na Copa de 2002 e o Botafogo sagrou-se campeão Carioca de 1989 após 21 anos sem título. Sobre o Botafogo, há discussões. Mas os dois outros acontecimentos fazem parte da história do nosso futebol.

1970: O melhor time de todos os tempos
Uma seleção praticamente perfeita, que conquistou o título de forma invícta e que esbanjou habilidade, preparo físico e gols. Pelé, Rivelino, Carlos Alberto, Tostão, Clodoaldo e Jairzinho são apenas alguns nomes daquela grande seleção.

Com seis vitórias em seis jogos, a seleção brasileira conquistou a taça Jules Rimet em definitivo.

Resultados:

1a. Fase:
Brasil 4, Tchecoslováquia 1 (MatchReport)
Brasil 1, Inglaterra 0 (MatchReport)
Brasil 3, Romênia 2 (MatchReport)

Quartas-de-final: Brasil 4, Peru 2 (MatchReport)
Semi-final: Brasil 3, Uruguai 1 (MatchReport)
Final: Brasil 4, Itália 1 (MatchReport)

Na final, à 35 anos atrás, a seleção enfrentou à Itália. Quem vencesse o confronto ficaria com a Jules Rimet. Aos 18 minutos do primeiro tempo Pelé abriu o placar, de cabeça. Aos 37, em um vacilo da defesa, Roberto Boninsegna empatou.

No segundo tempo, o jogo foi mais fácil para o Brasil, que marcou mais três. Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto fecharam o jogo e a Copa. Com esta vitória, a seleção de 1970 firmava-se como a maior da história.

2002: Brasil e Inglaterra
Odeio quando dizem isto, mas aquele confronto nas quartas-de-final pode ser considerado a final antecipada da última Copa. Alemanha, Brasil e Inglaterra eram os únicos grandes que ainda lutavam pelo título. De um lado, Brasil e Inglaterra se enfrentariam e do outro, numa chave muito mais fácil, os alemães enfrentariam os Estados Unidos.

O jogo valia muito. Era provável que o campeão saísse daquele jogo - como de fato aconteceu. E o mundo parou para assistir o jogo que aconteceria em Shizuoka.

Como todo jogo valendo muito, os dois times tinham muito cuidado e nada de importante aconteceu nos primeiros 20 minutos de jogo. Aos 23, em um erro de Lúcio, Michael Owen abriu o placar para os ingleses. A situação da nossa seleção era difícil.

O Brasil buscava o gol, mas nada acontecia. Mas no fim do primeiro tempo, em um lance inexperado, Roberto Carlos ganhou uma bola de David Beckham, passou pra Gilberto Silva que deixou com Ronaldinho. O atual melhor do mundo pedalou e deu um lindo passe para Rivaldo, que com seu chute preciso empatou o jogo. Ufa! Pelo menos não iriamos voltar perdendo!

Logo no início do segundo tempo, em uma cobrança de falta perfeita de Ronaldinho, a seleção viraria o jogo e seguraria a pressão inglessa.

Este foi o jogo mais difícil da nossa seleção em 2002 e um dos grandes dias da história da seleção.
Luiz Felipe Pedone | 2:36 PM |
20 junho 2005
Só nos resta pedir desculpas...
Brasil 0 X 1 México - O que é que vou dizer lá em casa?

A facilidade da vitória contra Grécia, onde o Brasil fez num jogo tudo o que Portugal, República Tcheca e França falharam em fazer na Euro 2004, deu a impressão que o jogo contra o México seria fácil. Talvez essa impressão para os fãs e torcedores. Quem conhece a Seleção, sabe que jogo com o México é e sempre será jogo duro - mesmo com os 4 X 0 da Copa América 2004 sendo o último resultado.
O que dá pra dizer desse jogo de ontem é que foi uma tarde atípica. Brasil X México me lembrou muito Portugal X Grécia. Ricardo LaVolpe, técnico argentino que treina a Seleção Mexicana, brincou dizendo que jogaria como a Argentina. Não jogou. O que se viu foi um México defensivo que mais lembrava a Grécia da Euro, sendo um pouco mais discreto em sua retranca. Uma retranca disfarçada. E o Brasil parecia aquele Portugal da final contra os gregos. As coisas simplesmente não aconteciam. O Brasil não jogou bem, mas foi superior em campo, sim. Mas não marcou. Coisas do futebol.

Kaká e Ronaldinho não conseguiram mostrar seu futebol, não faziam a bola chegar com qualidade no ataque. A bola sim, chegava no ataque. Há quem diga que o Brasil jogou demais pelo meio e não conseguia espaço para entrar na área. Mas o Brasil entrava na área, mesmo com a retranca. O problema é que não entrava com qualidade e também não conseguia concluir. Talvez se o ataque fosse enfiado com mais precisão. Não aconteceu.
Quem critica a formação alegando que o Brasil joga com dois centroavantes... Robinho não é centroavante, e está jogando pela esquerda, como no Santos. Semelhante ao esquema Robinho-Deivid. Mas já questionei aqui sua experiência. Ele ainda não consegue ser o pivô da Seleção. Mas se esforça. Busca mostrar seu jogo. Será que o problema na Seleção é Robinho, ou está uns dois passos atrás?

E também ouvi que o Brasil deveria atacar mais pelas laterais. Ora... as laterais estão sem uso desde o jogo contra a Grécia - especialmente a esquerda, mesmo que Gilberto se apresente o tempo todo, nunca se trabalha a bola com ele - por sinal, Gilberto está jogando muito bem. Cicinho tá jogando mais para Zanetti que para Cicinho. Mas do que adiantaria o Brasil atacar pelas laterais se o México se fecharia da mesma forma.

Já a defesa... bem... não dava pra ser mais trágico. A vitória contra a Grécia nos fez exaltar demais o ataque e esquecer da defesa, que desde já apresentava falhas. Roque Júnior, que não tem o menor carisma para capitão, poderia se chamar Roque Júnior Baiano. Fez um pênalti irresponsável, falhou na hora do gol - ele é alto, mais nunca sobe nas bolas. E só Deus sabe quantos pênaltis a mais o rapaz fez, segurando jogadores mexicanos em hora de cruzamento. Ah, e se mete a líbero. Ele não é líbero. Lúcio também não. Se o Brasil quer um líbero, espere Edmílson se recuperar de contusão.

No mais, não digo que esse jogo foi a desgraça que muitos querem acreditar. Foi uma decepção porque a Seleção não conseguiu jogar. Uma tarde atípica. Mas são coisas do futebol. Que sejam corrigidas aqui enquanto há tempo. A Copa está logo aí... e lá é bom que o time jogue.

Brasil:
#1 Dida; #13 Cicinho, #3 Lúcio, #4 Roque Júnior (CAPITÃO), #6 Gilberto; #5 Émerson (#19 Renato), #11 Zé Roberto, #8 Kaká (#18 Juninho Pernambucano), #10 Ronaldinho; #7 Robinho (#21 Ricardo Oliveira), #9 Adriano
Técnico: Carlos Alberto Parreira

México:
#1 Oswaldo Sanchez; #2 Aaron Galindo, #3 Carlos Salcido, #5 Ricardo Osório, #14 Gonzalo Piñeda (#16 Mario Mendez), #18 Salvador Carmona; #7 Zinha, #8 Pavel Pardo (CAPITÃO), #17 Jose Fonseca (#22 Luis Perez); #9 Jared Borgetti, #11 Ramon Morales (#19 Alberto Medina)
Técnico: Ricardo LaVolpe

Melhor em campo: Sanchez, goleiro do México.
thiagoleal | 5:23 PM |
18 junho 2005
Argentina 4 x 2 Austrália
"Que susto!!"

Os alvecelestes argentinos entraram em campo hoje para enfrentar a fraca seleção verde-ouro australiana. De ouro, o time da Oceania só tem mesmo o uniforme. Seus jogadores são muito fracos - com exceção, talvez, do goleiro Mark Schwarzer. É preocupante que uma seleção tri-campeã mundial como a Alemanha, recém-finalista de uma Copa do Mundo, jogando em casa, tenha enfrentado sufoco contra essa Austrália?

Mas e a Argentina?

No primeiro tempo, a Argentina foi o time de sempre. Toque de bola cadenciado, marcação forte, boa pegada... Riquelme, como de costume, um maestro em campo, combinando com grande atuação de Sorín. O time do técnico Jose Pekerman trabalhou muito bem para que a Austrália não encontrasse espaços. E não encontrou mesmo. O máximo que os jogadores australianos faziam era bater. Terminou 2x0 para os sulamericanos com gols de Luciano Figueroa, que está suprindo muito bem a ausência de Crespo, e de Riquelme - pênalti.

O segundo tempo foi atípico para a Seleção Argentina. O time, como de costume, diminuiu seu ritmo de jogo e deu espaço para a Austrália avançar. O erro do árbitro Shamsul Maidin, que não marcou o pênalti de Coloccini em Mark Viduka, acabou originando o contra-ataque argentino que culminou no terceiro gol, novamente Figueroa. Após o gol, a Austrália esboçou uma reação. Em parte pelo sumiço de Riquelme no segundo tempo, os argentinos estiveram apagados. John Aloisi marcou um gol de pênalti - dessa vez o juiz marcou, e fez o segundo gol num recuo de bola errado do zagueiro Heinze, no melhor estilo Júnior Baiano.

Quando parecia que a Austrália daria um sufoco na Argentina semelhante ao que aconteceu com a Alemanha, Riquelme voltou a brilhar, e novamente prevaleceu a excelência alveceleste. Cruzamento do líder para a área e gol de Figueroa, terceiro dele, quarto da Argentina.

Diferente da Alemanha, a Argentina não foi um time fraco para encarar a Austrália. Quando pôs em campo seu futebol, os Albicelestes foram muito superiores. A Alemanha em momento nenhum mostrar superioridade à Austrália.

Agora Argentina e Alemanha farão o clássico das finais de Copa de 86 e 90. O perdedor, certamente, será adversário do Brasil nas semi-finais.

P.S.: Como bate esse time da Austrália. Principalmente Tim Cahill e Craig Moore. Devem todos ter jogado rugby na escola.

Melhor em campo: O argentino Luciano Figueroa, por sua eficiência em definir a partida.

Argentina:
#12 German Lux; #4 Javier Zanetti, #2 Walter Samuel, #6 Gabriel Heinze, #3 Juan Pablo Sorín (CAPITÃO); #16 Fabricio Coloccini (#13 Gonzalo Rodriguez), #18 Mario Santana (#5 Esteban Cambiasso), #17 Lucas Bernardi, #8 Juan Roman Riquelme; #9 Javier Saviola (#10 Pablo Aimar) e #21 Luciano Figueroa.
Técnico: Jose Pekerman.

Austrália:
#1 Mark Schwarzer; #2 Kevin Muscat (#9 Mark Viduka), #3 Craig Moore (CAPITÃO), #4 Lucas Neill, #5 Tony Vidmar; #7 Brett Emerton, #8 Josip Skoko (#19 Jason Culina), #10 Tim Cahill, #11 Scott Chipperfield; #15 John Aloisi e #20 Ljubo Milicevic (#17 Jon McKain)
Técnico: Frank Farina
thiagoleal | 6:41 PM |
16 junho 2005
Brasil vence a primeira!
Seleção bate o campeão europeu com facilidade

Uma atuação sólida. A seleção brasileira venceu o primeiro jogo de forma sólida, fazendo 3 a 0 no forte time grego, que no jogo de hoje não deu conta do recado. Adriano, Robinho e Juninho Pernambucano marcaram os gols da partida.

O primeiro tempo foi marcado pelo domínio brasileiro e uma ou outra investida grega no ataque. O primeiro lance de perigo foi da Grécia, quando Kyrgiakos cabeceou sozinho próximo da marca do pênalti. O zagueiro grego, que criou a primeira chance de gol da partida, talvez tenha sido o destaque do time campeão europeu, em um jogo que o famoso Charisteas não apareceu muito, apenas criou a segunda e última chance de gol da Grécia, aos 46 do primeiro tempo.

Entre estas duas chances gregas, os brasileiros dominaram a partida. Robinho e Kaká infernizaram a defesa adversária, mas não conseguiram marcar. Adriano, que não estava fazendo um jogo excepcional, fintou o zagueiro grego e acertou uma bomba no canto do goleiro Nikopolidis, 1 a 0 para nós.

Uma coisa era boa, o Brasil começaria o segundo tempo na vantagem.

E logo nos primeiros minutos da segunda etapa, Robinho completou um cruzamento de Gilberto e ampliou o placar. Após este gol, o Brasil continuou a dominar a posse de bola e não deu muitas chances para a Grécia. Após várias substituições, a seleção tomou outra forma. Juninho Pernambucano entrou no lugar de Kaká e em pouco no campo fez um belo gol de falta.

Cicinho jogou bem, até me surpreendeu. Kaká, Robinho e Ronaldinho incomodaram a defesa mais uma vez e Adriano, com sua explosão única marcou um lindo gol. O Brasil é líder do Grupo B e, comparado aos "grandes", foi o que melhor estreiou.

O próximo jogo é contra o México, domingo. Os mexicanos venceram o sonolento time do Japão por 2 a 1, de virada.
Luiz Felipe Pedone | 5:45 PM |
E para quem reclama da defesa...
Defesa é elogiada pela FIFA

O site oficial da Copa do Mundo da FIFA, o FIFAWorldCup.com, publicou hoje um artigo elogiando os nossos homens de defesa, dizendo que "Roque Júnior, Juan, Lúcio e Gilberto dão uma solidez alemã à defesa, virtude adquirida na Liga da Alemanha."

Sei que muitos - talvez a maioria - não concordam com tal comentário, mas a realidade é que lá na Europa os nossos zagueiros são bem vistos.

Vamos torcer para que eles não errem no jogo de hoje à tarde, já que um erro contra a seleção grega pode ser fatal. Quem viu a Euro 2004 sabe muito bem disso.
Luiz Felipe Pedone | 12:55 PM |
15 junho 2005
Alemanha e Argentina vencem na estréia
A Copa das Confederações 2005 começou hoje e dois jogos foram disputados. Argentina e Tunísia em Colônia e Alemanha e Austrália em Frankfurt. E desta vez os grandes não deram chance para as possíveis zebras.

A Argentina venceu o primeiro jogo do torneio por 2 a 1, com um gol de Riquelme e outro de Saviola. A Tunísia desperdiçou um pênalti, mas converteu a sua segunda oportunidade - houve três pênaltis nesta partida - com Imed Mhadbebi.

Já no jogo da noite, no belíssimo estádio Waldstadion em Frankfurt, a seleção anfitriã não jogou mal e venceu a Austrália por 4 a 3. Mesmo vencendo, os alemães demonstraram alguns pontos fracos, mesmo com algumas boas chances de gols - várias delas convertidas. Ballack, o melhor jogador alemão, não apareceu tanto, mas criou uma bela jogada que resultou no quarto gol dos donos da casa.

A verdade é a seguinte: os considerados "grandes" venceram, mas não passearam. Mas pelo menos venceram, fato importantíssimo para o time alemão, que está precisando provar a seu povo que tem time para ir longe ano que vem.

Amanhã o Brasil enfrentará a campeã européia. A Grécia deverá se segurar na defesa e incomodar a seleção nas jogadas aéreas, coisa que fez bem na Euro 2004. Roque Júnior e Émerson concorrem a capitão da seleção nesta Copa.
Luiz Felipe Pedone | 9:32 PM |
Memória - Copa das Confederações 1997
Pouco cabelo, muito futebol

O intuito desse blog é também contar um pouco de histórias da nossa Seleção. Seja das mais recentes ou as mais antigas. Então vamos lá.

Em 1997 a Seleção Brasileira reencontrava o bom futebol perdido em algum lugar após a Copa do Mundo de 94. Após perder a Copa América do Uruguai em 1995 para os donos da casa; e a decepção Olímpica de 1996, o Brasil venceu com maestria a Copa América de 1997. No fim do ano, ao desembarcar na Arábia Saudita, a Seleção se apresentava, claro, como franca favorita à primeira edição da Copa das Confederações.

O caso das cabeças raspadas
Na concentração da Seleção, uma brincadeira irritou alguns jogadores brasileiros. Os primeiros jogadores a se apresentar, talvez motivados pelo sucesso do careca Ronaldo - à época, ainda chamado Ronaldinho, recém transferido para a Internazionale (ITA), decidiram rapar a cabeça de todo o time. Dentre os mal-entendidos que a brincadeira causou, principal foi o genial polivalente Leonardo, atual manager do Milan (ITA), ameaçou abandonar à equipe. Acabou ficando. Todos de amarelo, todos carecas. Ronaldo, Romário, Roberto Carlos, Bebeto, Dunga... essa era a Seleção Brasileira. A melhor da década de 90 - bem melhor que o time de 94.

O "aviãozinho" do Velho Lobo
Na estréia, a Seleção deu seu show costumeiro. 3 a 0 nos árabes, um gol do volante artilheiro César Sampaio e dois do Rei da Pequena Área, Romário. No terceiro gol, aos 35 do segundo tempo, Zagallo invadiu o campo fazendo um "aviãozinho" - imagem que ficou eternizada no torneio e refletiu a tranquilidade do time brasileiro àquela época.

A zebra e o duro rival corriqueiro
No segundo jogo, um decepcionante empate em 0 a 0 com a Austrália. A FIFA classificou o resultado como "surpresa", e um jogo em branco com a fraca seleção australiana pode ter trazido alguma desconfiança. Pelo menos até que... bem, até algumas linhas abaixo. No último jogo da primeira fase, um difícil jogo contra o México, como é de praxe quando se enfrenta esse rival. 3-2, gols de Romário, Blanco empatou para os mexicanos; Denílson e Júnior Baiano ampliaram para o Brasil e Ramon Ramirez diminuiu o placar aos 45 - o que sempre causa leve desespero. Mas terminou assim, e o Brasil se garantia em primeiro lugar do grupo.

Xô, Zebra!
Após passar pela República Tcheca (vice-campeã européia, representando a UEFA), num tranqüilo 2-0, assinatura de Romário e Ronaldo, o Brasil deveria encarar a Austrália na final. Aquela mesma Austrália que a gente engasgou na primeira fase. Os australianos chegaram à final passando pelo Uruguai. Seriam eles dificuldades para a Seleção Brasileira novamente? Novo empate em 0-0? Bom... aqui estão as linhas que prometi acima: três vezes Ronaldo e três vezes Romário, artilheiro da competição (7 gols em 5 jogos). Brasil 6-0 Zeb.. digo, Austrália. Sem nenhuma substituição dentro dos 90 minutos. Campeão incontestável, o Brasil se firmava como Rei.

Aquele time, repito, foi a melhor Seleção montada nos anos 90. Pena que não foi esse o time que disputou a Copa do Mundo seis meses depois. Se fosse, me desculpem Les Bleus, mas o Mundial teria um campeão diferente, mon ami.

Seleção Brasileira
Goleiros: #1 Dida; #12 Rogério Ceni; #22 Russo Laterais: #2 Cafu; #6 Roberto Carlos; #13 Zé Maria Zagueiros: #3 Aldair; #4 Júnior Baiano; #14 Gonçalves Volantes: #5 Dunga (CAPITÃO); #8 Flávio Conceição; #15 Zé Roberto; #16 César Sampaio Meias: #7 Bebeto; #10 Leonardo; #17 Doriva; #19 Juninho Paulista; #20 Rivaldo Atacantes: #9 Ronaldo; #11 Romário; #18 Denílson; #21 Rodrigo Fabri
Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo
Nota: Um time bem ofensivo, diferente da Seleção que o Brasil levou à Copa do Mundo de 98 - talvez o motivo do fracasso na final do Mundial.
thiagoleal | 12:16 PM |
14 junho 2005
Copa das Confederações - Incoveniente?
Mais uma vez, chega a Copa das Confederações - quinta edição do torneio desde que é organizado pela FIFA.

Nas duas últimas edições, 2001, dirigida por Leão (demitido após conquistar o 4º lugar) e 2003, dirigida por Parreira (e eliminada na primeira fase), a Seleção levou para o torneio verdadeiros times C. Jogadores que, seguramente, jamais veremos usando o manto sagrado novamente, como Robert, Carlos Miguel, Cláudio Caçapa, Magno Alves e Ilan. E os resultados foram desastrosos.
Agora, depois de quatro anos, o Brasil volta a escalar seu time principal para disputar a Copa das Confederações. E aí surge a polêmica... clube não quer liberar atleta, diz que disputa competições importantes e não pode perder jogadores de nível para jogar uma taça caça-níqueis... tem atleta que quer representar a Seleção, outros querem dispensa... e a confusão está formada.

Primeiramente, a Copa das Confederações não é um torneio caça-níquel. É uma forma da FIFA integrar seleções nacionais, é um bom aperitivo para a Copa do Mundo - o que está longe de significar que quem se sair bem no torneio repetirá o sucesso na Copa - e, o mais legal disso tudo, é mais uma competição internacional entre seleções nacionais. Ora... nessa edição teremos a possibilidade de uma nova final Brasil X Argentina. Ou Brasil X Alemanha. É uma oportunidade de acirrar rivalidades, de tira-teimas... e é sempre bom ver jogos entre países, principalmente quando não se trata de amistoso.
Sem falar também na chance de pôr o time em campo para ganhar mais ritmo de jogo - integrar mais ainda a equipe que vai ao Mundial. O grupo permanecerá junto por um bom período, treinando, jogando e se concentrando. Daí a importância de levar os jogadores principais, pelo menos nas edições de véspera de Copa.

Quanto ao problema dos desfalques, essa é uma questão do nosso calendário. A FIFA se organiza de acordo com o calendário europeu, que já encerrou suas atividades. Como nosso calendário está em seu clímax, não custava nada a CBF dar uma pausa no Campeonato Brasileiro durante o torneio. Não dá para fazer isso porque temos um campeonato por pontos corridos envolvendo 22 times. Essa parada extrapolaria os prazos da competição. Ou seja, a CBF precisa organizar seu calendário. Porque ano que vem, esta época, teremos a Copa do Mundo. O Campeonato Brasileiro segue seu andamento em pleno Mundial?
Cabe à CBF enxugar mais nosso Campeonato - 22 clubes é absurdo! Ano que vem serão 20, onde a CBF pretende parar, e ainda é muito. 18 seria um número bom - 16 o ideal para uma competição turno-returno em pontos corridos. Um campeonato mais folgado significa um calendário mais folgado, e time nenhum seria prejudicado pela Copa das Confederações. O mesmo vale para a CONMEBOL em relação à Libertadores. Pára o campeonato um instante. Ele pode prejudicar seus dois principais membros - Brasil e Argentina.

Se a Copa das Confederações for valorizada, ganhará importância ao longo dos anos. E o Brasil, seleção de maior prestígio da FIFA, tem papel fundamental nisso. A França tem dois títulos. Nós temos apenas um. E aí? Vamos deixar?
Nota: A França, atual campeã, não vai defender seu título. Onde já se viu isso? Abre o olho, FIFA! Organize seus torneios de forma correta.
thiagoleal | 2:10 PM |
13 junho 2005
Cicinho terá a sua chance!
Belletti se machuca e perde a chance de se garantir na Copa

O lateral direito Belletti, do Barcelona, sofreu não aguentou uma tendinite no tendão de Aquiles e não poderá fazer parte da seleção na Copa das Confederações. Para seu lugar, Cicinho do São Paulo.

Esta lesão pode ter sido decisiva nas chances de Belletti na Copa do Mundo do ano que vem. A torcida já pedia por Cicinho, que está jogando bem no São Paulo, e com esta bela oportunidade pode se firmar como reserva de Cafú.

O primeiro jogo de Cicinho na seleção acontece dia 16, quinta-feira, contra a Grécia.
Luiz Felipe Pedone | 1:20 PM |
Mundial Sub-20 - O futuro por linhas tortas
Começou nesse fim de semana o Mundial Sub-20 da FIFA, que este ano ocorre na Holanda. O Brasil defende seu título, buscando o pentacampeonato da competição - somos, ao lado da Argentina, o país que soma mais títulos: quatro para cada um.

O Campeonato Mundial Sub-20 costuma servir como um celeiro para futuros grandes jogadores - ou não? Pelo menos, em se tratando de Seleção Brasileira, não parece ser bem assim. OK... Bebeto, Dunga, Jorginho, Taffarel, Muller, Alex e outros nomes de nosso futebol se revelaram nessa competição. Mas parece que, nos últimos anos, a competição foi esquecida pelos craques brasileiros.

Revelados cada vez mais jovens, nossos jogadores entram cada ano mais criança nos clubes e ficam presos aos mesmos - acaba sendo um sacrifício conseguir a liberação.

No último Mundial, Emirados Árabes Unidos 2003, tivemos a presença de Nilmar, Dudu Cearense e Dagoberto - dois bons jogadores fundamentais na conquista do Campeonato. Eles dois até agora só atuaram pela Seleção Olímpica. Ainda não vestiram a camisa da Seleção Principal. Talento para isso eles têm e, certamente, veremos esses meninos em campo. Mas Robinho, Diego, Elano poderiam ter disputado o mesmo Mundial 2003.
Nossos craques estão cada vez mais precoces e têm de se encaixar mais cedo na equipe profissional de seus clubes. Isso faz com que nossos atletas tenha, cada vez menos contato com as equipes de base da nossa Seleção, e cada vez menos identificação com a mesma. Mas, hoje em dia, de que se trata o futebol? Profi$$ionalismo ou patriotismo?

Não dá pra dizer que o Mundial Sub-20, que brindou a Seleção Portuguesa com Figo; a Croata com Boban; a Argentina com Maradona, Riquelme e Sorín; e a Espanhola com Casillas é esse celeiro de craques para o Brasil. Ou alguém me garante que Nilmar, Nadson, Daniel Carvalho e Dagoberto irão, com certeza, usar a camisa da Seleção Principal?

Em sua estréia, ontem, o Brasil empatou em 0x0 com a Nigéria - o que a FIFA classificou como uma "decepção". O Brasil ainda enfrenta na fase de grupos a líder Suíça, no dia 15; e a Coréia do Sul, no dia 18.
Boa sorte para os meninos que são o futuro de nosso futebol - ou não?

Campeonato Mundial Sub-20 2005 - Seleção Brasileira:
Goleiros:
Renan (Internacional-RS); Bruno (São Paulo) e Diego (Atlético-MG)
Zagueiros e laterais:
Leonardo (Santos); Edcarlos (São Paulo); João Leonardo (Guarani); Gladstone (Cruzeiro); Rafinha (Coritiba); Fábio Santos (São Paulo) e Filipe (Ajax-HOL)
Meias:
Roberto (Guarani); Diego (Fluminense); Arouca (Fluminense); Fernandinho (Atlético-PR); Renato (Atlético-MG); Evandro (Atlético-PR) e Ernane (Bahia)
Atacantes:
Rafael Sorbis (Internacional-RS); Quirino (Atlético-MG); Bobô (Corinthians) e Diego Tardelli (São Paulo)
Digão, ex-São Paulo e atual juvenil do Milan, irmão mais novo do Kaká, que vinha sendo convocado regularmente ficou de fora do Mundial.
thiagoleal | 2:53 AM |
12 junho 2005
Copa das Confederações: Seleção já está na Alemanha
Time desembarcou ontem e já fez um treino leve.


Ronaldinho recebendo uma calorosa recepção no Aeroporto de Frankfurt, Alemanha. (Foto: AFP)

Pela quinta vez a seleção brasileira se prepara para a Copa das Confederações, desta vez na Alemanha. Para este ano, um time com vários titulares e alguns reservas que provavelmente farão parte do grupo que jogará à próxima Copa.

A seleção chegou ontem à Alemanha, onde foi muito bem recepcionada. Mesmo sem Ricardo Oliveira, que conquistou a Copa Do Rei ontem pelo Real Betis, e Adriano, que enfrenta o Roma pela final da Copa da Itália, a seleção já fez um treino leve na Bay Arena, casa do Bayer Leverkusen.

O Brasil está no grupo B, onde enfrentarão a Grécia (dia 16), o México (19/06) e Japão (22/06). No quadro dos melhores do mundo da FIFA, a seleção mexicana ocupa a 10a posição, a grega é 16a e o Japão é o 19o. Nós somos os primeiros.

A seleção busca o bi-campeonato da Copa das Confederações, torneio que já venceu em 1997, quando goleou a Austrália na final que aconteceu na Arábia Saudita.
Luiz Felipe Pedone | 12:15 PM |
10 junho 2005
Para cair na real!
Salto alto e seleção: Perigo!

Eu não sou uma pessoa que gosta de derrotas, como a maioria, e a derrota da última quarta-feira ainda não me deixou a cabeça. A falta de empenho foi assustadora. Mas, olhando por outro lado, esta derrota veio em um bom momento para nós e nos ajuda a acordarmos para a realidade.

A mídia, os torcedores e até mesmos os dirigentes da CBF diziam que o jogo seria fácil, que nosso time era melhor e que nós estávamos em um degrau acima do resto do mundo (e talvez nós estejamos mesmo, afinal, os hermanos disseram isto também!).

Sim, provavelmente somos os mais habilidosos, os mais técnicos e o elenco mais completo, mas uma coisa eles esqueceram: futebol não é só habilidade, blá-blá-blá.

Faltou respeito pelo adversário, faltou dedicação para estudá-lo e faltou vontade de correr, bater e marcar igual aos argentinos.

Nós entramos em campo com o famoso ar de superioridade, que é até comum na nossa seleção. Alguém já viu o Brasil fazer o jogo da sua vida? A Argentina faz, mas o Brasil não. A Argentina tem medo, o Brasil respeito. E isso entra na cabeça do jogador, quer queiram ou não.

A seleção levou um baque, aprendeu que não é a ?super-seleção? dita por todos. Aprendeu também que se não existir outras virtudes, o talento não ganha e acima de tudo, que nós não somos imbatíveis.

Eu fiquei menos triste pela derrota não ter acontecido na Copa, daqui a um ano. E feliz por esta seleção não ter embalado neste clima de "já ganhou". Quero uma seleção ofensiva, que dê show. Afinal, quem ama futebol quer, mas quero que esta seja uma seleção que comemore após os 90 minutos do dia 9 de julho de 2006, e não na véspera ou no mês anterior, senão teremos mais uma geração genial jogada no lixo. E pela falta do quê mais falta nos outros lugares: habilidade e blá-blá-blá.

Notas: Argentina, Irã, Japão, Arábia Saudita e Coréia do Sul já se classificaram para a Copa do Mundo. Agora o Brasil irá enfrentar o Chile dia 3 de setembro, provavelmente em Brasília. A seleção precisa de três pontos para classificar-se matematicamente para a próxima Copa do Mundo.
Luiz Felipe Pedone | 5:22 PM |
Argentina 3 X 1 Brasil - Falta de responsabilidade
Seleção pagou o preço pela falta de atitude

Quando falei aqui sobre o tal "quarteto mágico" da Seleção, e chamei a atenção para a falta que Ronaldo poderia fazer no quesito experiência, eu não esperava que esse mesmo quarteto apresentaria falhas tão grotescas quanto no jogo de quarta à noite.

Falhas na defesa do Brasil são corrriqueiras. Juan e Roque Jr. estavam adiantados demais quando não deviam estar. E os volantes não impediram que aquela bola chegasse a Crespo. Aí disseram... "o Cafu não saiu para fazer o impedimento". E desde quando o Brasil joga em linha de impedimento? Isso nunca foi e nunca será característica da nossa Seleção. A defesa precisava de um "xerifão" para orientar a zaga nesse setor.

A defesa também falhou no segundo gol de Riquelme. Deixar aquele homem livre para chutar é burrice. Nosso volante, Émerson, não fez nada. Não marcou Riquelme. Lucho González e Sorín também estiveram livres o tempointeiro. Só resta lamentar a contusão de Juninho. Mas espera... tínhamos Renato. Por que Renato não entrou como titular? Com as mesmas características de Mascherano, Renato entrou bem deu mobilidade ao jogo no segundo tempo. Edu também poderia ter sido uma boa solução.
E o terceiro gol... bem, gol de cabeça. Acontece. Mas nossa defesa não sobe. Quem sabe se tivéssemos um zagueiro como Fábio Luciano - continuo defendendo um teste para esse rapaz.

Chegamos então ao ataque. Aquele que questionei a experiência. Bem... o Ronaldinho é o melhor do mundo. Mas atua na Espanha - um país que arma sua marcação por zona, e não homem a homem. Lá ele tem espaço para seus malabarismos. Aqui, foi anulado pelo forte esquema de marcação argentino. E deixou por isso mesmo. O jovem Mascherano, de 20 anos, River Plate, desmanchou o jogo do Melhor do Mundo. Faltou experiência e carisma a Ronaldinho para encarar essa situação. O meia-atacante, de 25 anos, deveria ter chamado a responsabilidade para si. Ele era o líder daquele quarteto.
Robinho buscou seu jogo. Mas não encontrou. Esse sim, ainda tem que ganhar muita experiência. Tem que calejar mais. Foi seu primeiro Brasil-Argentina profissional. O mais correto seria Parreira ter deixado o menino no banco, adiantado mais Ronaldinho e escalado Renato. Ou Ricardinho. Robinho entraria no segundo tempo. Ganharia sua experiência.
Adriano não jogou. Tá certo que a dupla Ronaldinho-Robinho falhou em levar a bola até nosso centroavante, mas, mesmo assim, Adriano teve suas oportunidades. O Imperatore da Inter de Milão perdeu duas boas oportunidades que um "delantero" não pode desperdiçar. Aquele gol que Adriano marcou na final da Copa América foi salvador naquele jogo. Mas Adriano não é atacante para encarar a Argentina e foi anulado. Para encarar a defesa Argentina, a forte marcação alveceleste, tem que ser um atacante habilidoso como o Ronaldo. Poderia ser Ricardo Oliveira. Adriano, com seu jogo de força, foi facilmente neutralizado. Sumiu em campo.

Kaká foi sem dúvida o destaque do Brasil, foi aquilo que nenhum outro dos jogadores foi - especialmente os do "quarteto mágico". Se apresentou o tempo todo, buscou jogo, mostrou muita maturidade em campo, encarou os argentinos (principalmente seu rival Kily González) e, o mais importante, chamou a resposabilidade para si. Kaká jogou pela Seleção tudo o que ele joga no Milan e foi gigante em campo. "Passa pra mim que eu resolvo". Infelizmente, sozinho Kaká não resolve. Mas foi muito bem. Esse sim é candidato a grande destaque na Copa do Mundo.

Há quem diga que o Brasil "reagiu no segundo tempo". Isso não aconteceu do meu ponto de vista. A Argentina apenas recuou confiando no seu forte esquema defensivo. O Brasil continuou impotente quanto a quebrar a marcação alveceleste e o ataque foi ineficiente. "Mas pelo menos o Brasil atacou". Bom, se nem isso a Seleção tivesse feito, a decepção seria ainda maior.

Melhor em campo pelo Brasil: Kaká, o único que pôs seu jogo em campo.
thiagoleal | 10:12 AM |
09 junho 2005
Argentina 3 x 1 Brasil - Fera ferida em dois tempos
Argentina impõe seu jogo nos primeiros 45 minutos - suficientes para definir a partida

Amistoso? Com certeza José Pekerman, treinador da Argentina, não pensava assim. Afinal, ele poupou seus melhores jogadores contra o Equador para enfrentar o Brasil. Amistoso? Nem quando Brasil e Argentina jogam um amistoso, o jogo é amistoso.Assim, a Argentina entrou em campo como a verdadeira Argentina. Garra, pegada forte e impondo jogo - e a torcida cantando. Sem parar.

Com três jogadores, os albicelestes desequilibraram o jogo: Lucho Gonzalez, Sorín e, principalmente, Riquelme. Se aproveitando das falhas na defesa brasileiras, e fazendo se valer de suas habilidades, os três mosqueteiros argentinos trefegaram como quiseram na intermediárea verde-amarela. O segundo gol, de Riquelme, foi uma pintura. Qualquer um que viu o golaço do veradeiro líder do time jura que a bola desviou em alguém. Não. Riquelme enganou nossa defesa e nosso goleiro sozinho.
Pelo meio de campo, Mascherano cumpriu o que se esperava dele. Desarmou contra-ataques, organizou e liderou o setor defensivo. Grande volante - Mascherano era justamente o que o Brasil não tinha. Lucho Gonzalez, destaque já citado, puxou o ataque pela direita com maestria - a mesma maestria que o Kaká pelo Brasil. A diferença é que Lucho tinha do seu lado um time organizado e disposto a jogar. Fez a diferença.
A defesa nem se fala. Marcação perfeita, anulou Ronaldinho Gaúcho, Robinho e, principalmente, Adriano. Não precisaram de Zanetti nem de Ayala ou Samuel. Heinze, com muita garra, e Coloccini deram conta do recado muito bem. Claro, isso graças ao apoio de Sorín (que bateu e apanhou muito) e, novamente, Mascherano. Quando o Brasil tocou bola na intermediárea argentina, ainda no primeiro tempo, parecia que o Brasil tinha tomado posse de bola e administrava o jogo. Não. O time brasileiro não tinha o que fazer. A marcação argentina estava perfeita. Só não conseguiu parar um jogador. Kaká. Mais uma vez, pena que ele esteve praticamente só.
E na frente... bem. Sem comentários. Hernán Crespo, atacante matador à la Ruud VanNilsterooy e Andry Shevchenko, fez o que se espera de um homem de sua posição. Marcou gols. Nas duas únicas chances que teve.Com esse time afiado, a Argentina impôs seu jogo e só precisou do primeiro tempo para definir o resultado. E se Tevez tivesse sido titular no lugar de Saviola, o estrago poderia ter sido maior.

Para o segundo tempo, o natural de um time que destrói no primeiro. Tirou o pé do acelerador. Há quem possa dizer. "Mas a Argentina se retrancou". Tá, é verdade. Mas só funcionou porque continuou marcando bem. Porque sua defesa funciona - uma defesa mais fraca teria sucumbido. Então, novamente méritos alvecelestes.

A Argentina estava com o orgulho ferido. Perdeu para o Brasil em Belo Horizonte por 3 a 1, e deixou escapar a Copa América nos acréscimos - o que foi muito feio. Para piorar, poupa seus jogadores para enfrentar o Brasil e vê os adversários chamando o jogo de "amistoso". A fera entrou ferida em campo e mordeu com vontade. A comemoração argentina no final do jogo significou justamente isso. Tirar esse peso das costas. Venceram o duelo dos melhores do mundo.
Parabéns Mascherano, Sorín, Lucho Gonzalez, Crespo e, principalmente, Riquelme. O mundo é vocês... até o próximo confronto. Pegaremos vocês na Copa das Confederações. Não é, Kaká?

Melhor em campo pela Argentina: Juan Román Riquelme, disparado.
thiagoleal | 1:34 AM |
08 junho 2005
Brasil aposta no ataque
Parreira mantém o mesmo time de domingo contra os Argentinos... Em Buenos Aires!

Errei. Mas errei como a maioria dos futebolistas que têm os pés no chão. "Parreira nunca seria capaz de fazer isto," pensei. E é verdade, ele nunca faria... Até o dia que fez!

Bem, Brasil e Argentina, na casa do adversário em um jogo que segundo o técnico é um "amistoso". Talvez seja um bom jogo momento para apostar.

Voltando ao assunto principal, como a nossa seleção irá enfrentar os argentinos:

Se não há mudança no esquema, temos qual? Um 4-2-4 ou um 4-4-2? Pelo último jogo apostaria em um 4-2-4, mas contra a Argentina não teria coragem de dizer algo deste tipo. Kaká, Ronaldinho, Robinho e Adriano formam um ataque, quer queiram ou não. Kaká e Ronaldinho não jogam tão próximos à área, mas são tão ofensivos quanto os outros dois. Kaká sabe marcar e Robinho pode ajudar a diminuir a velocidade de algum contra-ataque.

Deixando o tal ataque de lado, o quê temos: Roberto Carlos e Cafú nas laterais. Nada de novidade (?). Cafú volta no lugar do fraquíssimo Belletti em um jogo importantíssimo. Eu teria medo de ver um Brasil e Argentina com Belletti na nossa lateral direita.

Na defesa, Juan e Roque Júnior. Eu não vou comentar nada. Eu sei que quem comentar aqui deixará alguma crítica.

No meio campo "defensivo" Emerson e Zé Roberto. Emerson é muito bom na marcação, e por isso mesmo muitos não gostam dele. Zé Roberto marca bem, mas não é um "expert". Nós podemos ter problemas neste setor.

Acredito em uma vitória brasileira, nosso time é o melhor do mundo e até eles, que sempre tiveram tanta marra, admitem a nossa superioridade. Um 3 a 1 igual ao que aconteceu aqui em Belo Horizonte - mas sem três gols de pênalti, claro - seria um belo resultado.
Luiz Felipe Pedone | 12:43 PM |
07 junho 2005
Inferno alveceleste
Como a Argentina entra em campo no jogaço de amanhã

A Argentina jogará com sua força máxima. Sua defesa contará com o líder do time, Zanetti, lateral direito que, ao invés de subir pela lateral do campo, entra nas jogadas como um volante. Samuel, zagueiro espetacular, mestre em desarme de bola, conhecido por "El Muro", deve dar trabalho a Adriano, que não tem muita habilidade no drible e pode ser facilmente neutralizado. E Sorín, polivalente que atua de lateral, meia, volante e marca gols - é muito eficiente no ataque.

Lucho Gonzalez, Mascherano e Kily Gonzalez são homens fortes na marcação. Mascherano impõe seu jogo como poucos e organiza o setor defensivo e sua ligação com o ataque. Kily é um batalhador - e também um novo Simeone. Se ouve muito seus nomes durante o jogo, pois Kily briga por todas as bolas. Mas também bate, provoca, catimba.

Riquelme é o homem de organização. Cérebro do time, o meia cadencia o jogo, pára a bola, arma jogadas, impõe seu ritmo. Tem grande visão, é habilidoso e chuta bem. Grande cobrador de faltas. O meio-de-campo também tem Aimar, igualmente talentoso, chega bem ao ataque e finaliza jogadas. Cambiasso não joga porque foi expulso contra o Equador. Mas D'Alessandro pode entrar. Excelente homem de ligação, traz o time ao ataque e é mais um bom na provocação.

O ataque tem Saviola e Carlos Tevez. Um dos dois será titular - acredito que será Saviola, "el Conejo", que é muito rápido. Mas "el Apache" Tevez é melhor. Carlitos, já bem conhecido no Brasil, é muito habilidoso. Dribla como ninguém, entra na área com facilidade e desorganiza a defesa. Pode marcar gols de qualquer jeito e servir muito bem o homem que segue no texto abaixo.

Hernán Crespo é o homem de área. Crespo não chega a ser um Batistuta. Esse era genial. Crespo não é pra tanto, mas é matador. Se a defesa bobear, gol de Crespo. E uma defesa com Roque Júnior e Juan, se cometer falhas como contra o Paraguai (onde Lúcio formava dupla com Roque) pode ser fatal.

Para a defesa brasileira encarar um ataque com Tevez, Saviola ou Crespo - Delgado também pode entrar - seria importante um zagueiro bom no desarme, como Fábio Luciano, que não foi convocado. Anderson pode ser testado. É bom, mas inexperiente e muito acuado. O jeito é torcer para Juan estar em seus dias inspirados.
Também faz falta um volante do quilate de Juninho Pernambucano e Renato. O setor de defensivo vai sofrer muito com Riquelme, Sorín e Aimar sem um bom volante apoiando. Émerson, irregular, terá de fazer esse trabalho sozinho. Parreira, cadê o Renato nessa convocação?

Ah, uma dúvida. Onde está o bom meia Santiago Solari, do Real Madrid? Solari apoiando entre Riquelme e Tevez/Crespo poderia definir o jogo a favor da Argentina. Mas Santiago nunca é convocado! O que se passa na cabeça dos treinadores alvecelestes?
thiagoleal | 9:15 PM |
06 junho 2005
Escrevendo a história do futebol mundial
"Os números de um dos maiores clássicos da história do esporte"


Juntos, os dois países imortalizaram inúmeros ídolos. Desde o futebol romântico até os dias atuais.

Das fotos preto-e-brancas, amareladas pelo tempo, de Pelé, Garrincha, DiSteffano, Brindisi, Friedenreich, Nílton Santos e Labruna; até as figuras coloridas de Tostão, Rivellino, Passarella, Fillol, Falcão, Zico, Mário Kempes - chegando enfim às imagens perfeitas de craques como Batistuta, Romário, Caniggia e Ronaldo. E aguardando o futuro nos pés de Kaká, Robinho, Tevez, D'Alessandro, Mascherano e Adriano.
E, em nome dessa rivalidade, muitas batalhas foram travadas, muitos socos foram dados, muito sangue foi derramado. Não é só um jogo de futebol. É uma disputa pelo título de melhor do mundo - pelo menos até o próximo confronto. É uma guerra política, religiosa, romântica e desportiva.

Brasil e Argentina se enfrentam com suas seleções nacionais desde 1914 - amistoso em Buenos Aires vencido pela Argentina por 3-0 - dois gols de Izaguirre e um de Molfino. O Brasil tinha em campo nesse jogo seu primeiro grande craque, Friedenreich. E a Argentina tinha um centroavante chamado... Crespo!

Desde essa partida histórica até a final da Copa América do ano passado, igualmente memorável, foram 87 partidas. 33 vitórias verde-amarelas, 32 albicelestes e 22 empates.
Esses números equivalem apenas às Seleções principais. São 276 gols - 144 Brasileiros e 132 Argentinos.

Desses 87 jogos, apenas três foram válidos por Eliminatórias de Copa do Mundo. Duas vitórias Brasileiras contra uma Argentina.
Em Copas do Mundo, Brasil e Argentina bateram as caras quatro vezes. Duas vitórias brasileiras, em 74 e 82, um empate sem gols em 78 e a famosa vitória Argentina da dupla Cannigia-Maradona em 90. O duelo de 82 protagonizou um encontro interessante: Zico X Maradona. Zico marcaria um dos gols da vitória verde-amarela por 3-1 enquanto Maradona seria expulso por chutar as "áreas mais sensíveis" de Batista.

Ao longo dessas dezenas de batalhas, alguns fatos marcaram o futebol dos dois países. O Rei Pelé, por exemplo, estreou na Seleção num jogo contra a Argentina. Perdemos por 2 a 1 no Maracanã, pela Copa Roca de 1957. Mas Pelé assinou naquela partida o primeiro de seus 95 gols com a camisa Canarinho - e dos oito que marcaria contra os rivais Albicelestes.
Essa mesma Copa Roca foi o primeiro título internacional ganho pelo Brasil, em 1914, quando vencemos a Argentina por 1 a 0. Gol de Arnaldo Borgeth. Era o segundo jogo do confronto Brasil-Argentina, em Buenos Aires - primeira edição da Taça oferecida pelo presidente argentino Júlio Roca, que reunia os dois países. O Brasil levou oito das dez Copas Roca.
Foi também em uma edição de Copa Roca que saiu a maior goleada do torneio. 6 a 1 para a Argentina em Buenos Aires, 1940. O Brasil quase devolveu o placar em 1945, em outra Copa Roca, aplicando 6 a 2 nos rivais.

Juntos Brasil e Argentina somam 11 finais de Copa do Mundo disputadas e sete títulos ganhos. Nossos vizinhos jogaram as finais de 30, perdendo para o Uruguai; 78, vencendo a Holanda; 86 vencendo a Alemanha e 90, perdendo para a mesma Alemanha. O Brasil jogou as finais de 50, perdendo para o Uruguai; 58, vencendo a Suécia; 62, vencendo a Tchecoslováquia; 70, vencendo a Itália; 94, novamente vencendo a Itália; 98, perdendo para a França e, finalmente, 2002, vencendo a Alemanha.
O Brasil perticipou até agora de todas as 17 Copas do Mundo e sediou uma, em 1950. É forte candidato a sediar a Copa de 2014. A Argentina participou de 13 delas, ficando de fora das Copas de 34, 38 e 50 por boicote e de 1970 por não conseguir classificação. Tentou em vão sediar as Copas de 1938 e 50, e sediou a de 1978 onde foi campeã pela primeira vez.

Brasil e Argentina também são, ambos, Tetracampeões Mundiais Sub-20. A Argentina tem 14 Copas América (antes chamadas Campeonato Sul-Americano) contra apenas sete do Brasil, e tem um título que nós não temos: Campeã Olímpica, inivicta e sem sofrer nenhum gol, conquistado em 2004.

De todos os confrontos das duas maiores Seleções Nacionais de Futebol do Mundo, destaco a favor da Argentina a já citada vitória heróica na Copa de 90, onde o Brasil dominou o jogo, nunca vi tanta bola na trave numa partida só. "Lembro do som das bolas batendo no travessão", disse o goleiro argentino Goycochea. A Argentina venceu a batalha num lance de genialidade de Maradona, que lançou seu parceiro Cannigia para marcar o único gol da partida.
E a favor do Brasil, a recente conquista da Copa América 2004. Depois da brincadeira de Tevez quando o jogo estava 2-1 para os Albicelestes, o empate de Adriano aos 48 minutos e a conquista do título nos penaltis com destaque para nosso terceiro (quarto? quinto?) goleiro Júlio César. A imagem do técnico Marcello Bielsa recebendo a medalha de prata, tirando-a do peito e guardando-a no bolso; e do time argentino de braços cruzados vendo o Brasil receber a medalha de ouro são inesquecíveis, antológicas.

Que quarta-feira possamos ter em campo mais uma batalha entre Brasil e Argentina. Que seja um jogo emocionante, diferente do Argentina-Brasil de Buenos Aires nas eliminatórias passadas. E que vejamos gols, independentemente de quem for, pelo bem do futebol mundial - mas, no que depender da minha torcida, vai dar vitória Verde-amarela sobre os Albicelestes.
thiagoleal | 5:00 PM |
05 junho 2005
Seleção vence e está bem perto da classificação
Brasil 4, Paraguai 1
Jogando um belo futebol, seleção brasileira goleia e pega a Argentina com chance de classificação.


Hoje, com o "quarteto fantástico", a seleção bateu com facilidade o Paraguai em Porto Alegre. Com os gols de Ronaldinho, Zé Roberto e Robinho a seleção está a um ponto da Argentina e a uma vitória da classificação para à Copa de 2006.

Jogando em casa e com um time extremamente ofensivo, o Brasil dominou o jogo. Aos 31 minutos, Roberto Carlos cruzou e Bonet desviou a bola com a mão, pênalti. Ronaldinho marcou o seu primeiro. Logo depois, Robinho pedalou e "cavou" o segundo pênalti do jogo. Mais uma vez Ronaldinho cobrou e o Brasil saiu do primeiro tempo vencendo por 2 a 0.

O primeiro tempo foi muito bom. A seleção jogou praticamente o tempo todo no campo paraguaio e saiu com uma boa vantagem, importante para um jogo em casa.

Durante o segundo, Zé Roberto acertou uma bola na trave e marcou um belo gol, chutando de fora da área. A seleção parecia cansada, mas o Paraguai não chegou à pressionar. Aos 33 minutos, Lúcio foi expulso. O zagueirão não conseguiu dominar a bola e deu um presente para Paredes. Então Lúcio deu um carinho violento e recebeu o segundo cartão amarelo. Logo depois Robinho marcou e foi substituido.

Roque Santa Cruz marcou o gol paraguaio, de cabeça.

A seleção jogou bem, uma atuação gostosa de ver. Porém, é bom ressaltar que este time dá muito espaço para o adversário, que no caso de hoje não se preocupou muito em atacar. Quem acredita que Parreira irá manter o quarteto para o jogo de quarta, na minha opinião irá se decepcionar.

Ponto forte: O ataque. Kaká, Ronaldinho, Robinho e Adriano fizeram um estrago na experiente defesa paraguaia. Três gols marcados por integrantes do "quarteto".

Ponto fraco: Poderia até colocar a defesa, mas vou colocar a falta de organização do meio para trás. A defesa fica muito exposta, com apenas Emerson com características defensivas no meio campo, a defesa teve muito contato com o ataque paraguaio - ataque inexistente hoje. Lúcio é um desfalque e tanto para o jogo contra a Argentina, principalmente pelo jogo ser lá. Mesmo com todo mundo não gostando dele, o xefirão tem muita importância pra seleção.

Belleti sofreu com a torcida gaúcha, que pediu Cicinho (São Paulo) na seleção. Belletti não jogou mal, mas devemos admitir que para seleção ele fica devendo. Cafú volta para o jogo contra a Argentina.

Ficha técnica de Brasil 4, Paraguai 1:

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre

Árbitro: Martín Vázquez (URU)
Assistentes: Fernando Cresci (URU) e Marcelo Costa (URU)
Cartões amarelos: Paredes, Belletti, Mansur, Lúcio e Roque Júnior
Cartão vermelho: Lúcio

Gols: Ronaldinho Gaúcho aos 32 e aos 41 minutos do primeiro tempo; Zé Roberto aos 25, Roque Santa Cruz aos 27 e Robinho aos 37 minutos do segundo tempo.

Brasil: Dida; Belletti, Lúcio, Roque Júnior, Roberto Carlos; Emerson (Gilberto Silva), Zé Roberto, Kaká, Ronaldinho Gaúcho; Robinho (Juan) e Adriano (Ricardo Oliveira). Técnico: Carlos Alberto Parreira.

Paraguai: Villar; Caniza, Gamarra, Manzur, Da Silva; Bonet (Barreto), Ortiz, Paredes, Torres; Roque Santa Cruz e Cabañas (Cuevas). Técnico: Aníbal Ruiz.
Luiz Felipe Pedone | 11:07 PM |
Um Time Nada Celestial
Equador 2 X 0 Argentina
A Argentina deixa a classificação escapar. Foi o medo da "camisa amarela"?

Morno. Essa palavra pode definir perfeitamente o jogo de ontem à tarde entre Equador e Argentina, em Quito, capital equatoriana. Pelo menos para mim, que esperava algo completamente diferente. Os equatorianos devem ter adorado, afinal, venceram a Toda-Poderosa Argentina. Ei! Mas aquela era a Argentina?

Crespo, Ayala, Sorín, Delgado, Placente, Saviola, Heinze e, putz, Riquelme! Não. Esse não era o time da Argentina hoje à tarde. Deveria ser, mas não era. "Pikerman é muito detalhista e, lógico, quer chegar com os melhores no melhor estado possível para enfrentar o Brasil", disse Hugo Tocalli, um dos treinadores que ficou tomando conta dos oito jogadores acima - enquanto a delegação reserva viajava para o Equador com o técnico José Pikerman.

Contando apenas com três titulares intocáveis - Aimar e os bons sagueiros Samuel e Zanetti, capitão do time, a Argentina precisava apenas de uma vitória para garantir classificação matemática para a Copa da Alemanha. Mas, já diz o pessoal da ESPN Brasil, "repetindo o velho chavão, 'não existe mais bobo no futebol'". O Equador, país que aqui no Brasil muita gente só conhece por dar nome à linha imaginária que divide os hemisférios - e por causa da infame marchinha carnavalesca ("a capital do Equador nunca mudou/foi sempre..."), conseguiu classificação direta do Mundial da Coréia/Jappão. E está na mesma toada. O Equador, que usa camisas amarelas, semelhante ao Brasil, bateu a nossa Seleção em Quito, por 1 a 0, gol de Edson Mendes (que, ao lado de Franklin Salas, desfalcava a equipe). Então, com um time reserva, os Albicelestes argentinos não estavam em grande vantagem ante os amarelinhos equatorianos.

E esse time Albiceleste reserva não foi nada celestial. O toque de bola, característica marcante do futebol argentino que deixa qualquer adversário tonto - o time dos sonhos do Parreira - ontem serviu apenas para levar o time ao campo de ataque, perder a bola e receber o contra-ataque equatoriano. Em casa, na altitude, o Equador jogava um pouco melhor. Os argentinos se aproveitavam das aberturas em sua defesa para esboçar a reação. Por alguns instantes, a Argentina ameaçava dominar o jogo. Mas não passava disso. Atento ao fraco esquema defensivo dos donos da casa, aos 30 minutos do primeiro tempo Pikerman sacou o fraco volante Duscher, do La Coruña, e colocou no seu lugar o craque "del Timón", Carlitos Tevez. Uma ou duas boas jogadas, e uma jogada genial, grande chance de gol argentina no jogo. El Apache do Corinthians e da seleção Albiceleste não faz nada mais que isso.

Precisando da vitória para se firmar em seu terceiro Mundial, o Equador ditava o jogo de acordo com suas capacidades. Desfalcado de seus dois melhores jogadores, os já citados Mendes e Salas, o time era razoável, mas valente. Colocava em campo seu melhor toque de bola e fazia o que podia para tentar chegar ao ataque. Não conseguia bons frutos, mas insistia. O problema era passar por Zanetti e Samuel. A dupla de zaga argentina neutralizava o ataque dos "amarelinhos" sem dificuldade.
Ironicamente, o primeiro gol equatoriano saiu numa falha de Tevez no ataque e numa bobeada da defesa Argentina, que não se armou para receber o contra-ataque. Foi pega de surpresa pela arrancada do camisa 18 Reasco, um dos destaques do time, que, na entrada da área, passou a bola para Cristian Lara. Estreante em Eliminatórias, o "calouro" marcou um belo gol.
Após o gol, o jogo seguiu na temperatura que estava. Nada de especial aconteceu. Muitas vezes o Equador envolvia a Argentina no toque de bola - isso foi bonito de se ver. Merecem destaque o lateral Ulises de la Cruz e o atacante Augustín Delgado.
A Argentina não melhorou seu time. Nem mesmo com a entrada de Andres D'Alessandro. Olhos nesse rapaz, por favor. Meia do Wolfsburg (ALE), D'Alessandro é muito bom. Mas não tem repetido suas boas atuações pelos Albicelestes - tanto que foi titular apenas no jogo de estréia da Argentina, 2x2 contra o Chile em Buenos Ayres. Ontem, exibindo um moicano loiro no melhor estilo David Beckham, a atuação de Andres resumiu-se a um belo penteado. Reencontre seu futebol também por seu país, D'Alessandro, e você será um grande jogador.

O Equador voltou a marcar aos 45 minutos após uma jogada de muita categoria do estreante Lara, que passou por Galleti e fez um cruzamento perfeito, colocando a bola na cabeça de Delgado. Lara sacramentou sua estréia e foi o nome do jogo - agradável surpresa equatoriana. E nesse tom pastel, o jogo seguiu até o apito do árbitro chileno Ruben Selman. Em tempo: o argentino Cambiasso, conhecido por El Cuchu, foi expulso durante uma confusão após o gol do Equador. Por quê? Ninguém - nem o próprio Cambiasso - sabe. A TV equatoriana não repetiu o acontecido. Pena para o meia que, pouco a pouco, garantia sua vaga de titular no time. Agora está fora do maior clássico do mundo, contra o Brasil.

Assim, o Equador vai escrevendo pouco a pouco a classificação a um Mundial pela segunda vez na sua história - a primeira foi para a Copa de 2002. Para a Copa de 1930 o Equador não se classificou. Foi convidado, como todos os outros participantes dessa Copa.

Quanto a Argentina, fraca. Quando fiz questão de cobrir esse jogo, esperava mais. O que vi foi uma Argentina que não conseguiu passar pelo Equador. Será que foi medo de uma camisa amarela? A verdade é que Pikerman pagou o preço por respeitar demais o Brasil. Poderia retornar de Quito com a classificação garantida. Bom, garantida já está. Alguém duvida que eles vão à Copa? Mas desse ponto em diante, a Argentina jogaria apenas para arrumar o time.

Mas não vamos nos enganar com os Albicelestes. Colocando em campo seus titulares Crespo, Saviola & cia., eles se tornam a Argentina mais forte desde o timaço de 94 (que tinha Cannigia, Léo Rodríguez, Redondo, Zapata, Goycochea e uns tais Gabriel Omar Batistuta e Diego Armando Maradona).
Com o time titular, a Argentina dará trabalho ao Brasil. Será o maior clássico do futebol mundial, disputado pelas duas melhores seleções do mundo, sem exagero nenhum. E essa Argentina completa não vai tremer nas bases diante de nenhuma camisa amarela. O Brasil, para ganhar, vai precisar jogar bem. Com as duas seleções jogando bem, veremos uma verdadeira batalha em campo que, caso o Brasil vença hoje o Paraguai, valerá a liderança da chave Sul-americana nas Eliminatórias. Então, como um fã apaixonado por futebol, eu imploro: Brasil, Argentina... não me decepcionem!

Ficha das equipes:
EQUADOR - #1 Edwin Villafuerte; #4 Ulises de la Cruz, #6 Geovanny Espinoza, #3 Iván Hurtado e #18 Neicer Reasco (#16 Mario Quiroz); #13 Paúl Ambrossi, #15 Marlon Ayoví, #20 Edwin Tenorio e #5 Antonio Valencia (#14 Carlos Tenorio); #7 Cristian Gómez (#10 Cristian Lara) e #11 Agustín Delgado. Técnico: Luis Fernando Suárez

ARGENTINA - #1 Leonardo Franco; #2 Fabricio Coloccini, #3 Gabriel Milito (#20 Luciano Figueroa), #6 Walter Samuel e #4 Javier Zanetti; #5 Aldo Duscher (#9 Carlos Tevez), #19 Esteban Cambiasso, #18 Kily González e #16 Pablo Aimar (#15 Andres D'Alessandro); #7 Luciano Galleti e #11 Maximiliano Rodríguez. Técnico: Jose Pekerman
thiagoleal | 2:10 AM |
04 junho 2005
Time tilular já está definido
O treino de ontem, sexta-feira, foi o único e decisivo teste para o técnico Carlos Alberto Parreira antes do jogo de domingo contra o Paraguai.

Parreira já informou o time titular e não há nenhuma novidade. Belletti joga na lateral direita no lugar de Cafú, suspenso após o cartão amarelo contra o Uruguai e o tão sonhado ataque Robinho e Adriano começará jogando.

A seleção começa o jogo com: Dida, Belletti, Lúcio, Roque Júnior e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Adriano.

Possível desfalque: Juninho Percambucano pode ser mais um na lista de cortados da seleção. O jogador do Lyon (França) sofreu um estiramento na coxa direita durante o coletivo de ontem e irá fazer exames hoje.

Um pouco mais sobre o treino: ontem se viu uma seleção cansada. Após a longa temporada européia, de onde a maioria dos jogadores vieram, este cansaso não chega a ser uma surpresa. O coletivo entre titulares e reservas terminou 0 a 0. Parreira disse que o time caiu de rendimento durante o treinamento e não gostou do coletivo.
Luiz Felipe Pedone | 2:30 PM |
03 junho 2005
"Quarteto Mágico"?
Até hoje, o mundo só conheceu dois grandes quartetos. Um fictício, de super-heróis da Marvel Comics. O Quarteto Fantástico, formado pelo Sr. Fantástico, a Mulher Invisível, o Tocha-Humana e o Coisa. O outro, um certo Fab Four de Liverpool formado por uns garotos que atendiam por John, Paul, Ringo e George. Como era mesmo o nome? Ah, sim. Beatles! Há ainda um outro quarteto que, ano passado, fez um certo barulho. As quatro estrelas do Los Angeles Lakers da NBA - Shaq, Kobe Bryant, Gary Payton e Karl Malone. Quem gosta de basquete sabe que esse quarteto falhou feio.

Hoje a expectativa gira em torno de um novo quarteto. Os torcedores da Seleção Brasileira e do bom futebol em geral esperam por algo que, se depender do velho estilo Parreira, só será confirmado domingo contra o Paraguai, quando a escalação da equipe for anunciada. Teremos em campo o tal novo "Quarteto Mágico" da Seleção?
Esse quarteto, formado por Kaká-Ronaldinho-Robinho-Adriano, necessariamente nessa ordem, pode jogar por música, e fazê-la tão bem feita quanto o Fab Four de Liverpool fazia. Até pouco tempo, Parreira sonhava com a formação Kaká-Ronaldinho-Adriano-Ronaldo. Parreira afirma que, para ele, essa ainda é a formação titular da Seleção Brasileira, apesar da ausência do Fenômeno nos próximos jogos.

O problema desse quarteto que Parreira prefere é pôr em campo dois jogadores de área. Não, Ronaldo, pegando a bola, marcado por dois zagueiros, tendo Adriano livre do seu lado, não vai tocar. O "Tanque" da Inter de Milão também não vai passar a bola para Ronaldo, caso esteja na mesma situação. Porque essa não é a característica de jogo de nenhum dos dois! Tanto o Fenômeno quanto o Tanque são centroavantes. Matadores. Sua função é pegar a bola e finalizar a jogada. Quem não lembra do Brasil 0-0 Colômbia em Maceió? A situação descrita acima, tanto para Ronaldo quanto para Adriano aconteceu dessa forma. O ataque era perdido porque faltava o homem que servisse o centroavante. Seria como um restaurante onde o cozinheiro serve o cliente. Cadê o garçom?

A formação dois homens de área também foi escalada na Copa América do Peru, em 2004, quando o Brasil levou seus "Bs". O ataque era formado por Adriano e Luís Fabiano. Não deu certo. Mesmo campeão, o Brasil atuou mal a competição inteira, perdeu para o Paraguai, enfrentou sufoco contra o Uruguai e praticamente foi dominado pela Argentina. Vencemos pelo capricho dos deuses do futebol, que fizeram, no último segundo de jogo, valer a fina ironia - e mais uma vez a "catimba" argentina se voltou contra os Celestes.

Para o certame dessa próxima semana, deveremos ter em campo a formação atacante-centroavante. A mesma que Bebeto-Romário consagraram em 94. A mesma de Ronaldinho-Ronaldo em 2002 - quando Scolari adiantou Ronaldinho para que ele atuasse como atacante de fato. São dois casos onde a receita deu certo.
Basta imaginar o que acontece com Robinho-Deivid no Santos. A dupla de ataque deve funcionar daquele jeito. E se Adriano tiver a mesma afinação que Deivid tem com Robinho, vai dar rock - no melhor estilo Beatles.

Mas tem uma questão que pode atrapalhar o time. O jogador mais experiente dessa formação é Ronaldinho, que tem apenas 25 anos. Robinho e Adriano são novos demais. Kaká, apesar da maturidade, também é muito jovem. Isso pode atrapalhar o quarteto. Um ponto onde Ronaldo, mais experiente, faz diferença. Seria um ataque mais seguro. Com a ausência do Fenômeno, a batata quente está nas mãos de Ronaldinho. Um desepenho aquém do esperado não significa que o ataque falhou. Será apenas quatro jogadores ganhando cabeça para uma Copa do Mundo. Mesmo com dois campeões em campo. São quatro jovens entrando em campo com o peso de um país nas costas. Vamos ter paciência com esses meninos.

Parreira continua afirmando que Ronaldo é o homem titular da Seleção. Um centroavante do quilate de Ronaldo não pode mesmo ser descartado de uma hora para a outra. Vale lembrar que Ronaldo detém experiência e segurança. Mas o Homem afirmou que amanhã ele não é mais intocável. Se daqui para a Copa da Alemanha um ataque se mostrar mais eficaz, o técnico disse que colocaria Ronaldo no banco. Mas, frisou Parreira, não é como ele pensa hoje. Talvez Parreira queira manter o Fenômeno de olho aberto.

Em tempo: quando Ronaldo estiver de volta, que Parreira teste novamente uma dupla de atacante-centroavante. Por que não uma dupla Robinho-Ronaldo? O pouco período que eles dois formaram o ataque na partida Brasil 3-0 Bolívia causou grande barulho, e pode mostrar eficiência. A questão é manter esse estilo de ofensiva. E juntar a juventude de Robinho com a experiência de Ronaldo será explosivo.
Por hora, esperemos para ver se o novo "quarteto mágico" entra em campo. Porque, mesmo muito jovens, se cada um dos quatro jogar o que sabe e demonstrar segurança, o time será tão afinado quanto Beatles, tão poderoso quanto o Quarteto Fantástico. E não vai "amarelar" como o Lakers.
thiagoleal | 1:55 PM |
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