Argentina 1 X 4 Brasil - Los Albicelestes fracassam diante da força da Camisa Amarela em mais uma decisão
Eu poderia dizer que a situação do jogo de ontem foi
inversa ao jogo do dia 8, em Buenos Aires, que a Argentina dominou. Não foi.
Foi muito pior. O time argentino foi
completamente envolvido pelo jogo rápido da Seleção Brasileira.
Seus bons deefensores, em especial
Heinze e
Zanetti, ficaram perdidos nas viradas de bola do ataque verde-amarelo que aconteciam com freqüência. A marcação argentina, tão forte e eficiente no jogo das Eliminatórias, em momento nenhum se encontrou em campo. Falhou nos quatro gols brasileiros - talvez, à exceção do primeiro. Mas marcação no setor defensivo da Argentina não havia. Fez falta aí a organização do jovem
Mascherano.
Placente falhou em substituí-lo. Ao lado de
Coloccini, só fez bater. Faltou
Samuel. Bem melhor.
Sorín foi o único argentino com espírito guerreiro em campo. Lutou, atacou mais de que dedfendeu, mas fez o possível para marcar. Bateu também. Muito. Merecia, inclusive, receber cartão vermelho.
Riquelme sumiu em campo. E ele não estava bem marcado, por Émerson. Acontece que a saída de bola argentina, nos pés de Placente, era péssima. Não existia. E faltava um homem do lado direito para virar o jogo com Riquelme. Faltava
Lucho González, que destruiu no jogo das Eliminatórias. Ao invés dele, a Argentina contava com
Cambiasso. Um atleta da Internazionale (ITA). Deveria ter suprido a falta do excelente meia do River. E, para essa posição, Pekerman tinha
D'Alessandro. Excelente jogador. Mas não entrou.
No ataque,
Figueroa não fez nada.
Crespo faz falta? Faz. Mas de nada adiantaria ter em campo um Crespo que, seguramente, não tocaria na bola - ela não chegava até lá. E, na ausência de
Saviola, expulso na semi-final,
Pekerman escalou
Delgado. O que "el Loco" Bielsa tinha contra Riquelme, parece que Pekerman tem contra
Carlos Tevez. Nos poucos minutos que esteve em campo, Tevez demonstrou um pouco de sua habilidade e se apresentou bem para receber a bola. Por que ele não foi titular então? Bem melhor que Delgado.
Além disso, em diversos momentos o ataque argentino se perdeu na marcação brasileira - que finalmente funcionou. Delgado,
Bernardi foram bem marcados... Figueroa também. A Argentina não merecia o gol de
Aimar. Marcou seu gol de honra e não partiu para cima. O Brasil continuou dominando o jogo.
Resumindo, a Argentina simplesmente não se apresentou para o jogo.
Fazem doze anos que o time principal argentino não ganha um título - desde a Copa América de 93. E o time alveceleste parece ter
fragilidade para jogar Copas... e não pode demonstrar essa fragilidade na Copa do Mundo.
E, como prometi no post do dia 9, pegamos eles na Copa das Confederações. Não foi, Kaká? Sorte do Luiz que avaliou o Brasil.
A Argentina tem que estudar bastante
sua postura para jogar a Copa do Mundo. O time é bom. Tem Riquelme, Sorín... terá Crespo, Lucho González, Mascherano... é muito bom, na verdade. Mas tem que jogar! Se não, não vence... e
um país com duas Copas do Mundo não pode ficar 12 anos sem título. Desse jeito, não dá.
Se a Argentina tiver 50% da postura do jogo que teve contra o Brasil no dia 8, fará bonito. E isso fará bem ao futebol - assim como a atitude da Seleção Brasileira ontem fez muito bem à Copa das Confederações.
Já diria
Ernesto "Che" Guevara... "
Hasta la victória. Siempre!"
Melhor em campo pela Argentina: Sorín, por
falta de opção.
Destaque negativo: Todo o time - em especial o
jogo sarrafeiro de Placente, Coloccini e do próprio Sorín.
Palhaçada: A FIFA dar troféu
Fair Play a Argentina que jogou o que jogou contra México e Brasil. Prêmio de consolação?
A Argentina:#12 Germán Lux;
#4 Javier Zanetti,
#16 Fabricio Coloccini,
#6 Gabriel Heinze,
#3 Juan Pablo Sorín (CAPITÃO);
#15 Diego Placente,
#17 Lucas Bernardi,
#5 Esteban Cambiasso (
#10 Pablo Aimar),
#8 Juan Román Riquelme;
#11 Cesar Delgado (
#22 Luciano Galletti),
#21 Luciano Figueroa (
#9 Carlos Tevez)
Técnico: Jose Pekerman