Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
03 junho 2005
"Quarteto Mágico"?
Até hoje, o mundo só conheceu dois grandes quartetos. Um fictício, de super-heróis da Marvel Comics. O Quarteto Fantástico, formado pelo Sr. Fantástico, a Mulher Invisível, o Tocha-Humana e o Coisa. O outro, um certo Fab Four de Liverpool formado por uns garotos que atendiam por John, Paul, Ringo e George. Como era mesmo o nome? Ah, sim. Beatles! Há ainda um outro quarteto que, ano passado, fez um certo barulho. As quatro estrelas do Los Angeles Lakers da NBA - Shaq, Kobe Bryant, Gary Payton e Karl Malone. Quem gosta de basquete sabe que esse quarteto falhou feio.

Hoje a expectativa gira em torno de um novo quarteto. Os torcedores da Seleção Brasileira e do bom futebol em geral esperam por algo que, se depender do velho estilo Parreira, só será confirmado domingo contra o Paraguai, quando a escalação da equipe for anunciada. Teremos em campo o tal novo "Quarteto Mágico" da Seleção?
Esse quarteto, formado por Kaká-Ronaldinho-Robinho-Adriano, necessariamente nessa ordem, pode jogar por música, e fazê-la tão bem feita quanto o Fab Four de Liverpool fazia. Até pouco tempo, Parreira sonhava com a formação Kaká-Ronaldinho-Adriano-Ronaldo. Parreira afirma que, para ele, essa ainda é a formação titular da Seleção Brasileira, apesar da ausência do Fenômeno nos próximos jogos.

O problema desse quarteto que Parreira prefere é pôr em campo dois jogadores de área. Não, Ronaldo, pegando a bola, marcado por dois zagueiros, tendo Adriano livre do seu lado, não vai tocar. O "Tanque" da Inter de Milão também não vai passar a bola para Ronaldo, caso esteja na mesma situação. Porque essa não é a característica de jogo de nenhum dos dois! Tanto o Fenômeno quanto o Tanque são centroavantes. Matadores. Sua função é pegar a bola e finalizar a jogada. Quem não lembra do Brasil 0-0 Colômbia em Maceió? A situação descrita acima, tanto para Ronaldo quanto para Adriano aconteceu dessa forma. O ataque era perdido porque faltava o homem que servisse o centroavante. Seria como um restaurante onde o cozinheiro serve o cliente. Cadê o garçom?

A formação dois homens de área também foi escalada na Copa América do Peru, em 2004, quando o Brasil levou seus "Bs". O ataque era formado por Adriano e Luís Fabiano. Não deu certo. Mesmo campeão, o Brasil atuou mal a competição inteira, perdeu para o Paraguai, enfrentou sufoco contra o Uruguai e praticamente foi dominado pela Argentina. Vencemos pelo capricho dos deuses do futebol, que fizeram, no último segundo de jogo, valer a fina ironia - e mais uma vez a "catimba" argentina se voltou contra os Celestes.

Para o certame dessa próxima semana, deveremos ter em campo a formação atacante-centroavante. A mesma que Bebeto-Romário consagraram em 94. A mesma de Ronaldinho-Ronaldo em 2002 - quando Scolari adiantou Ronaldinho para que ele atuasse como atacante de fato. São dois casos onde a receita deu certo.
Basta imaginar o que acontece com Robinho-Deivid no Santos. A dupla de ataque deve funcionar daquele jeito. E se Adriano tiver a mesma afinação que Deivid tem com Robinho, vai dar rock - no melhor estilo Beatles.

Mas tem uma questão que pode atrapalhar o time. O jogador mais experiente dessa formação é Ronaldinho, que tem apenas 25 anos. Robinho e Adriano são novos demais. Kaká, apesar da maturidade, também é muito jovem. Isso pode atrapalhar o quarteto. Um ponto onde Ronaldo, mais experiente, faz diferença. Seria um ataque mais seguro. Com a ausência do Fenômeno, a batata quente está nas mãos de Ronaldinho. Um desepenho aquém do esperado não significa que o ataque falhou. Será apenas quatro jogadores ganhando cabeça para uma Copa do Mundo. Mesmo com dois campeões em campo. São quatro jovens entrando em campo com o peso de um país nas costas. Vamos ter paciência com esses meninos.

Parreira continua afirmando que Ronaldo é o homem titular da Seleção. Um centroavante do quilate de Ronaldo não pode mesmo ser descartado de uma hora para a outra. Vale lembrar que Ronaldo detém experiência e segurança. Mas o Homem afirmou que amanhã ele não é mais intocável. Se daqui para a Copa da Alemanha um ataque se mostrar mais eficaz, o técnico disse que colocaria Ronaldo no banco. Mas, frisou Parreira, não é como ele pensa hoje. Talvez Parreira queira manter o Fenômeno de olho aberto.

Em tempo: quando Ronaldo estiver de volta, que Parreira teste novamente uma dupla de atacante-centroavante. Por que não uma dupla Robinho-Ronaldo? O pouco período que eles dois formaram o ataque na partida Brasil 3-0 Bolívia causou grande barulho, e pode mostrar eficiência. A questão é manter esse estilo de ofensiva. E juntar a juventude de Robinho com a experiência de Ronaldo será explosivo.
Por hora, esperemos para ver se o novo "quarteto mágico" entra em campo. Porque, mesmo muito jovens, se cada um dos quatro jogar o que sabe e demonstrar segurança, o time será tão afinado quanto Beatles, tão poderoso quanto o Quarteto Fantástico. E não vai "amarelar" como o Lakers.
thiagoleal | 1:55 PM |
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