Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
30 setembro 2005
MEMÓRIA - Copa do Mundo da Itália 1990
Para a pior Copa do Mundo da história, entrou uma Seleção Brasileira idem...

Dando início à Série Copas do Mundo, onde a cada fim de mês vamos repassar as principais derrotas e vitórias da Seleção Brasileira em Copas, começamos por aquela que é considerada por muitos a pior Copa de todos os tempos.

24 países participaram da 14ª edição da Copa, sendo 14 européias (Itália, Alemanha, Inglaterra, Tchecoslováquia, Áustria, Romênia, União Soviética, Escócia, Suécia, Iugoslávia, Espanha, Bélgica, Holanda e Irlanda), 4 sulamericanas (Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai), duas centro-norte americanas (Estados Unidos e Costa Rica), duas asiáticas (Coréia do Sul e Emirados Árabes Unidos) e duas africanas (Camarões e Egito).

A Seleção Brasileira era comandada por Sebastião Lazaroni, e nas Eliminatórias passou fácil por Venezuela e Chile - jogo onde um foguetão foi atirado no campo do Maracanã e gerou uma farsa do goleiro Rojas que se cortou e disse ter sido atingido pelo objeto.

Hoje em dia, olhando para aquela Seleção, dá pra entender porque perdemos tão fácil a Copa. Formado pela base das Seleções campeãs mundiais juvenis em 1983 e 85 e no time medalha de prata em Seul 88, aquele time era estranho... a lendária camisa 10 era usada por Silas, um reserva. Dunga, volante, era tido como a referência da Seleção; na zaga, Mauro Galvão fazia o papel do zagueiro "líbero" e no ataque, o único verdadeiro destaque do time: Careca. Romário, promessa do futebol Brasileiro, se contundiu três meses antes da Copa e não pôde fazer muito pela Seleção.

Pelo grupo C, o Brasil teria pela frente Suécia, Costa Rica e Escócia. Com dois gols de Careca, o Brasil venceria a Suécia por 2 X 1 na estréia. Depois, duas vitórias simples de 1 X 0 contra Costa Rica e Escócia, e o Brasil se classificaria para as oitavas de final como líder do grupo. Romário entraria em campo contra a Escócia, sua única participação na Copa do Mundo.

No entanto, embora a Seleção não encantasse, não se via no Mundial nenhuma seleção que estivesse tão acima. A Argentina de Maradona perdeu na etréia para Camarões, 0 X 1, e terminaria seu grupo em terceiro lugar após empatar com a Romênia em 1 X 1. A Itália de Salvatore "Toto" Schillaci teve dificuldades para vencer Áustria e EUA, ambos por 1 X 0. A Inglaterra que tinha a esperança de finalmente conquistar mais um mundial se arrastou para vencer o Egito por 1 X 0 - após empates magros com a Holanda em 0 x 0 e Irlanda por 1 x 1. E a Alemanha, do frio Lothar Matthäus e do goleagor Jürgen Klinsmann, após voar contra a Iugoslávia (4X1) e Emirados Árabes (5X1) empatara com a Colômbia em 1x1.

Pela segunda rodada das oitavas-de-final então, Brasil e Argentina mediriam forças. E fizeram aquele que, sem dúvida, foi o melhor jogo do Mundial. "Ainda lembro do som das bolas batendo no travessão", diz o goleiro argentino Goycochea. Com Careca e Müller no ataque, o Brasil bombardeava a Seleção Argentina, e nunca se viu tantas bolas na trave num mesmo jogo quanto naquele. O time da Argentina não era tão fraco e vinha agüentando muito bem a pressão. No entanto, tinha o que o Brasil não tinha - e o que viria a ser a razão da eliminação brasileira. Um craque, talento individual que chamasse a responsabilidade. Com seu pé certeiro, Maradona se livrou de três marcadores elançou Caniggia que, sem muitas dificuldades e se aproveitando da falha da zaga Mauro Galvão-Ricardo Rocha, passou por Taffarel e marcou o gol da Argentina.

Lazaroni bem que tentou um time mais ofensivo e sacou o zagueiro Mauro Galvão e o volante Alemão para entrada dos ofensivos Renato Gaúcho e Silas. De nada viria a adiantar. A Argentina e seu oportunismo venceriam o jogo, e o Brasil cairia nas oitavas-de-final.
O lateral-esquerdo brasileiro, Branco, viria a acusar os argentinos de terem lhe servido uma água que o deixou tonto - sabe-se lá o que tinha na tal água. Mas ficou bem claro que, com água ou não, o Brasil não tinha no time alguém capaz de quebrar aquela Argentina.

Sem o Brasil pelo caminho, argentinos desclassificariam Iugoslávia e as donas da casa Itália nos pênaltis, com a estrela do goleiro oportunista Goycochea brilhando, e chegariam à final, contra os alemães.
A contestada Seleção Alemã treinada pelo "kaiser" Franz Beckenbauer passaria por Holanda e Tchecoslováquia, para tirar nos pênaltis os favoritos ingleses de Gary Lineker e Paul Gascoigne na semi-final.

Com Argentina e Alemanha frente a frente, pela primeira vez na história uma final de Copa do Mundo se repetiria, e de maneira consecutiva.

Enquanto a Itália ganhava o bronze ao bater os ingleses por 2 X 1 - esse quarto lugar foi o melhor resultado da Inglaterra desde o título mundial de 1966, os Argentinos não teriam forças para superar a Seleção Mecânica Alemã do meia-armador Matthäus. Brehme faria, de pênalti, o gol que garantiu o tri-campeonato a Alemanha - título que desde 82 que a Alemanha perseguia, chegando sempre à final e perdendo. Num jogo frio, como fora toda aquela Copa, a Alemanha se tornou a dona do mundo.

A Seleção Brasileira
Goleiros: Taffarel (Internacional), Acácio (Vasco) e Zé Carlos (Flamengo)
Laterais: Jorginho (Bayern Leverkusen-ALE), Mazinho (Vasco) e Branco (Porto-POR)
Zagueiros: Aldair (Benfica-POR), Mauro Galvão (Botafogo), Mozer (Olympique Marseille-FRA), Ricardo Gomes (Benfica-POR) e Ricardo Rocha (São Paulo)
Meias: Bismarck (Vasco), Silas (Sporting-POR), Tita (Vasco) e Valdo (Benfica-POR)
Atacantes: Bebedo (Vasco), Careca (Napoli-ITA), Müller (Torino-ITA), Renato Gaúcho (Flamengo) e Romário (PSV-HOL).
thiagoleal | 11:23 AM |
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