Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
09 novembro 2005
Esclarecendo a anulação dos 11 jogos...
Por que a decisão do STJD

Muita gente ainda questiona a anulação dos 11 jogos. Reclamar é típico de brasileiro. Se nenhum jogo houvesse sido anulado, teria muita gente reclamando da mesma forma.
Quem se deu ao trabalho de ler PLACAR esse mês, entende melhor porque a decisão de se anular os 11 jogos foi justa, independentemente de ter beneficiado clube X ou Y - e beneficiou sim, o Corinthians que acabou por ganhar 4 pontos, o Fluminense que ganhou 1, o Cruzeiro que perdeu 6...

1 - Por que anular os 11 jogos?
Ao contrário do que se imagina, os 11 jogos foram sim, analisados pelo Ministério Público. Todos os 40 jogos que Edílson Pereira de Carvalho e Paulo Danelon apitaram, juntando Libertadores, Sulamericana, Paulistão e Brasileirão continham indícios de fraude segundo a análise do Ministério Público. Isso inclui os 11 jogos do Brasileiro.

2 - Existem provas de que os 11 jogos foram "contaminados"?
Não. As escutas telefônicas mostram Edílson se oferecendo para fraudar jogos como Inter 3 X 2 Coritiba, Fluminense 3 X 0 Brasiliense, São Paulo 3 X 2 Corinthians. Não há provas de que houve ou não acerto com os bandidos.

3 - E por que anular, então?
Primeiro, porque houve a intenção de fraude. Depois, porque há indícios de que Edílson mentiu para a polícia em seu depoimento. Então, não dá pra ter certeza se ele fechou ou não acordo para com esses jogos "contaminados". Na dúvida, a alternativa mais correta é anular as partidas.

4 - A possibilidade do jogo duplo.
Além de árbitro fraudulento, Edílson também era apostador do site aebet.com, onde as apostas do empresário Gibão ocorriam. Ou seja, o ex-árbitro poderia fazer o chamado jogo duplo. Oferecer um resultado a Gibão, mas ter apostado no aebet.com um outro resultado. Nada impede que Edílson oferecesse um placar a Gibão, o jogo tivesse outro placar, e esse outro placar fosse justamente aquele que Edílson apostou - então, houve fraude. Portanto, Edílson pode, sim, ter adulterado o placar de jogos como Santos 3 X 2 Corinthians, Juventude 1 X 4 Figueirense. Então há a possibilidade de fraude nos 11 jogos em questão.

5 - E onde o STJD errou?
Em não mexer nos jogos da segunda divisão, que também contiveram fraude. A segunda fase da competição já havia começado, mas o STJD e a CBF poderiam se esforçar para anular as partidas e dar um jeito de refazê-las. Essa foi a única incoerência do STJD.

Aqui, apenas um resumo da reportagem na Placar desse mês, que tem a capa marrom com um apito e o título "A lama que vem por aí".

Quem puder comprar a revista, que custa R$7,95, leia a reportagem e entende perfeitamente porque foi correta a anulação dos 11 jogos em questão - e deveriam ser anulados também jogos do Paulistão, Libertadores, Sulamericana e Série B.
Agora, uma coisa é ler e entender. Outra coisa é ler e aceitar a decisão porque, por causa dela, seu time acabou perdendo pontos. Mas o STJD não poderia ser incoerente, ou melhor, mais incoerente de que foi, em anular jogo sim, jogo não, com os indícios encontrados pelo Ministério Público e com a possibilidade de Edílson fazer jogo duplo, podendo ter modificado os jogos da mesma forma. Se existe a possibilidade de fraude, iria deixar o resultado do jeito que estava?

Sugiro a todos que leiam pelo menos para entender o processo - independentemente de concordar ou não. É melhor ver uma análise dos fatos para depois expressar uma opinião de que se posicionar a favor ou contra a decisão, porque meu time foi beneficiado ou foi prejudicado - e apenas por causa disso.
thiagoleal | 2:53 PM |
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