Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
22 maio 2006
Arsenal: Amarelo só na camisa
Com um a menos, Arsenal faz uma partida quase perfeita e só é vencido pelo cansaço

Pela primeira vez em sua história, o Arsenal passou das quartas-de-final numa Liga dos Campeões da UEFA. Após uma batalha épica contra o surpreendente Villareal nas semi-finais, o Arsenal chegou à final da Liga quase como um azarão. E, se o Barcelona veio no embalo de seu bi-campeonato nacional, os Gunners ingleses chegaram com sua recuperação e um modesto 4º lugar que o garante na fase pré-eliminar da próxima Liga.

Diante do favoritismo do Barcelona, o Arsenal entrou em campo motivado. Henry partia pro ataque voando; Gilberto Silva era uma parede no meio-campo barrando Deco e Ronaldinho. Nos primeiros minutos, o Arsenal era todo ataque e o gol de Lehmann não sofreu grandes ameaças. E o time inglês só veio a se desestabilizar quando perdeu seu goleiro e perdeu no embalo o meia Pires, substituído pelo goleiro reserva Almunia.

Momentos após a expulsão, o Arsenal se perdeu em campo. Sem Pires para articular o time, até Henry teve que voltar para marcar e virou um jogo de ataque e defesa. Até que num ataque isolado do sueco Freddy Ljungberg, o Arsenal conseguiu cavar uma falta inexistente de Puyol - que resultou no cruzamento de Puyol e gol de Sol Campbell.

Após terminar o primeiro tempo de forma irregular, o Arsenal foi outro time no segundo tempo. Com apenas 10 homens em campo, os Gunners pareciam na verdade ter 12 jogadores. Ljungberg, disparado melhor jogador da final, puxava contra-ataques com velocidade, se tornando praticamente um segundo atacante ao lado de Henry. E o francês, bom... suas jogadas imprevisíveis, dignas de quem merece ser considerado o melhor do mundo na atualidade, quase definiram o jogo a favor do Arsenal - contra a fraca defesa do Barcelona.

Aos 30 minutos de jogo, no entanto, uma imagem simbólica para o Arsenal. Henry, esperando para cobrar o escanteio, agachado no canto do campo, ofegante. O Arsenal foi vencido pelo cansaço. O time exigiu demais de si, e nem Henry, nem Ljugberg, nem Gilberto Silva, Fabregas ou Cole tinham mais pernas para segurar as pontas no Arsenal. E esse Arsenal, derrotado pelo esforço físico, caiu de pé contra o Barcelona. Um gol com a cara e habilidade de Eto'o, um gol de sorte do azarado Belletti. E o sonho de conquistar a Europa foi por água abaixo.

Ficam no ar três perguntas: 1. E se Lehmann nã faz a falta, o Arsenal continua com 11 em campo, perdendo de 1x0. Não seria capaz de reagir? 2. Se Reyes é titular, coisa que não dá pra entender por que não? O time não teria mais força no ataque pare enfrentar a fraca defesa catalã com Márquez, Puyol e VanBronckhorst? 3. Se ao invés de atacar, o Arsenal se segura, no segundo tempo, com sua talentosa defesa, um Barcelona sem criatividade no ataque? O time não teria condições físicas melhores para ir até o final do jogo?

Infelizmente, tudo isso não passa de questões relativas que vão ficar para sempre sem resposta. Mas aquele Arsenal que entrou em campo de amarelo teve fibra para ir até o fim e só foi vencido por si mesmo. Uma pena. Fica para a próxima.

Arsenal:
1 Lehmann. 3 Cole, 23 Campbell, 27 Eboué e 28 Touré. 13 Hleb (9 Reyes, 39' 2ºt) e 19 Gilberto Silva. 15 Fabregas (16 Flamini, 29' 2ºt) e 7 Pires (24 Almunia, 19' 1ºt). 8 Ljugberg e 14 Henry.
thiagoleal | 12:20 AM |
Camisa 10 não tem ligação nenhuma com a CBF e/ou com a FIFA.
Blog criado e atualizado por Luiz Felipe Pedone e Thiago Leal. Para maiores informações entre em contato por e-mail.

© Copyright 2005 Camisa 10