O primeiro jogo da Copa do Mundo de 2006 foi além do esperado. Exceto pelos minutos inicias do segundo tempo, Alemanha e Costa Rica fizeram um bom jogo, superando as minhas expectativas iniciais sobre as duas equipes: a dona da casa fez muito mais do que parecia capaz, enquanto a outra surpreendeu por tamanha ruindade.
A Alemanha criou várias jogadas, chutou muito a gol e não explorou tanto as jogadas aéreas. Tocou muito a bola do meio-campo pra frente. Ficou claro que a defesa é o ponto fraco do time. A dupla de zaga alemã levou um passeio do atacante Wanchope, da Costa Rica.
Aliás, a Costa Rica é Wanchope e mais dez. Se tivesse mais dois ou três que soubessem jogar futebol... destaque também para o goleiro, não pelo seu nome, mas pela atuação. O time é tão ruim que o goleiro, mesmo sofrendo quatro gols, se destacou. No mais, não poderia deixar de citar o atleta Gonzalez, camisa 12. Cada vez que ele se dirigia para cobrar um arremesso lateral dava tempo de jogar uma partida de xadrez. Impressiontante.
Voltando aos anfitriões, destaque para o lateral-esquerdo Lahm, autor do primeiro gol - e que belo chute! É o "Roberto Carlos alemão". Bastian Schweinsteiger não se destacou tanto, mas a criação de jogadas do time passa por seus pés em boa parte das vezes.
O grandalhão Miroslav Klose pulou na frente pela artilharia da Copa marcando duas vezes, inclusive em uma bela jogada de Schneider e Schweinsteiger. Frings, que não fazia boa partida, fechou o placar com um chute da intermediária. Wanchope marcou os dois gols da Costa Rica.
A Alemanha cumpriu com sua obrigação. Não jogou contra ninguém, mas conseguiu impor seu estilo de jogo. Ponto para os alemães.