Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
24 junho 2006
ARGENTINA 2 x 1 México
Humberto Fernandes

É, Argentina, desta vez foi por pouco! Mas quem diria que o México, aquele time cretino que não ganhou sequer de Angola, daria tanto trabalho? Que venha a Alemanha, no jogo mais esperado da Copa do Mundo!

Diante do México, a Argentina fez sua pior exibição na Copa. Digna de Brasil contra Croácia ou Austrália. Poucos jogadores se salvaram. E a sorte ajudou e muito, porque o México fez 1 x 0, gol de Rafa Marquez, o "faz-tudo" mexicano, aos 6 minutos de jogo. E a Argentina achou um gol de Crespo, que desviou a bola antes de Borgetti marcar contra, aos 10 minutos.

Depois do gol de empate o jogo esfriou e o primeiro tempo foi fraco, muito abaixo do esperado. A verdade é que a Argentina não esperava um time mexicano tão bem disposto.

O jogo melhorou no segundo tempo, com o México dominando a posse de bola. O treinador Pekerman demorou muito para mexer no time, e quando mexeu tirou Cambiasso, que fazia a ligação com o ataque, já que Riquelme não apareceu.

Não houve grandes oportunidades de gol, os goleiros não fizeram grandes defesas. Os argentinos poderiam ter vencido o jogo nos acréscimos, mas o bandeirinha marcou um impedimento inexistente.

Na primeira prorrogação da Copa, Sorín lançou Maxi Rodriguez na quina da área, e este matou no peito e chutou de esquerda, de primeira, acertando o ângulo do goleiro Sanchez. Um golaço, histórico, que decidiu o jogo. Se fosse um goleiro maior talvez o chute fosse defensável, mas "se" não ganha jogo.

Contra a Alemanha, a Argentina terá que jogar como no segundo jogo da primeira fase, quando goleou Sérvia & Montenegro. Aliás, talvez esses 6 x 0 tenham sido maléficos para as pretensões argentinas. Eles não podem, de maneira alguma, pensar que são tão bons como naquele dia. Talvez isso tenha afetado o time hoje.


Thiago Leal

Que susto, Pekerman!!

Eu já estava vendo esse filme - e título. Muito provavelmente chamaria de "que tal pintar a camisa de amarelo?" ou algo do tipo. Mas ver a Argentina amarelar em uma Copa do Mundo não iria ser novidade.
A Seleção sobre a qual se colocou tanta responsabilidade - a que mais foi elogiada, referenciada, etc. - parece não ter entrado em campo hoje. Ou melhor entrou... mas mostrou que tem pontos fracos como qualquer outro time. Sim, eles são humanos!
Riquelme mostrou o que sempre impediu sua carreira de estourar: o craque sempre pipoca quando a responsabilidade pesa em suas costas. Tevez, que entrou no segundo tempo, deve ter percebido que numa Copa do Mundo não é tão fácil quanto quando se joga um Campeonato Brasileiro, e desta vez não foi bem; Messi viu que é preciso primeiro chegar a Mário Kempes para até então poder aspirar ser um novo Maradona. E Crespo & Saviola tiveram seu dia de Ronaldo & Adriano - o dia de ineficiente.

O susto veio aos 4 minutos quando Rafa Márquez, um dos nomes do jogo, abriu o placar para o México após uma falha gritante na defesa argentina, após cobrança de falta. E alguns minutos depois, após escanteio, Crespo (ou seria Borghetti contra?) se aproveitou de falha de zaga mexicana para empatar.

E aí começou o pesadelo. A Argentina simplesmente não sabia o que fazer para entrar em território inimigo. E, passada dos volantes, a bola ficava sem destino. Os sul-americanos não atacavam - ou, quando atacavam, pela lateral com Sorín, era com dificuldades. A defesa lá atrás, no entanto, segurava a barra - e fica claro aqui uma outra face do esquema de Pekerman. Quando Sorín sobe para apoiar o ataque e virar ponta-de-lança, o lateral direito - geralmente Burdisso, hoje Escalone - recua e o time vira um 3-5-2 fechadinho. Assim, se não marcava, a Argentina também não sofria. E, claro, contou com a incompetência de seu atacante. Borghetti fez uma partida horrível.

O México melhorou quando mecheu no time. O brasileiro naturalizado mexicano Zinha entrou muito bem e pareceu descobrir o jeito de abrir o cadeado argentino. Mas parava no paredão Abbondanzieri. E do lado de lá, a Argentina não sabia o que fazer para quebrar o paredão mexicano. Tevez e Messi pegavam a bola, não entravam na área. Se passavam por um ou dois, caíam diante do terceiro marcador. Riquelme tinha dificuldade para armar jogadas. Talvez porque Máxi Rodríguez não conseguisse se posicionar. Sorín pasava em velocidade pela esquerda... em vão. Aimar entrou com vontade, se mexia, recebia a bola... e perdia. Estava dando tudo errado. E assim, o jogo ia para a prorrogação - após o bandeirinha matar uma enfiada legal para Aimar, que passou para Messi empurar por gol, no entanto a bandeira já estava em pé, anunciando o impedimento errado de Aimar. Mais um erro grave da arbitragem - o primeiro desde os pênaltis não dados em Gana.

Com o jogo truncado, em plena prorrogação, duas defesas fechadas e dois ataques horríveis, tem algo que pode resolver. Aí é que entra um fator que decide jogo: talento.
E talento, mi amigo, Sorín tem de sobra. Visão de jogo também. Da ponta esquerda, o lateral-meia-atacante viu Máxi Rodríguez livre na ponta-direita. E levantou com a precisão de um Gérson. E, com a precisão de um Marco VanBasten ou mesmo de um Roger - aquele do Corinthians, que tem algum talento quando deixa de preguiça e resolve jogar futebol - Máxi Rodríguez pegou a bola "na veia". De primeira, sem pulo, Máxi pegou com precisão e força. Direto pro gol. Golaço. Um certo "traidor" que torcia pela Argentina (e não vou mencionar quem é) soltou o grito preso na garganta como uma desabafo: GOLAÇO! GOLAÇO! GOLAÇO! GOLAÇO!

E aí foi só fazer o joguinho argentino de sempre quando se está sob pressão. Mantém a bola... segura... fica com ela... catimba um pouquinho. E foi só esperar a prorrogação terminar, para, com um pouco mais de tranqüilidade - algo que não houve durante todo o jogo - garantir a vaga nas quartas-de-final. Missão cumprida. Não houve febre amarela.
A questão agora é uma... qual é a Argentina? Aquela da primeira fase? Ou essa? Bom... de qualquer forma, é bom que os rapazes vestidos de albiceleste se decidam. E rápido. Porque, se jogar esse futebol contra os donos da casa alemães... a Argentina adia seu sonho por mais quatro anos e volta pra casa bem cedinho...
Humberto Fernandes | 6:47 PM |
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