Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
20 junho 2006
G8 - A saga dos favoritos
Como as Seleções candidatas a título estão se saindo na Copa

Alemanha - Sua força é, sem dúvida, jogar em casa. Revelou mais um bom jogador. Philip Lahm. Agora, além de Ballack e Schweinsteiger, os alemães contam com um bom lateral que sobe ao ataque para fazer o cruzamento que tanto gostam. E, aparentemente, Lahm vem exercendo o fundamento melhor que os dois aqui citados. O jovem alemão pode ser comparado, de certo modo, a Sorín, por suas qualidades ofensivas.
Os alemães, no entanto, atravessaram uma série conturbada de amistosos, incluindo a goleada sofrida por 4-1 da Itália e o empate em 2-2 com o Japão, ambos em casa. Na Copa, os dois jogos foram vitórias sofridas, o que mostra que a torcida ainda vem sendo o grande trunfo do time. Uma vitória sofrida, no entanto, muitas vezes funciona como uma goleada: acorda a torcida e levanta a moral do time. Sem falar que, nos três títulos que conquistou, a Alemanha não era favorita e passou a competição toda sem convencer. Resultado? Nas três venceu os grandes favoritos na final.

Argentina - Tem um grande time desde que José Pekerman assumiu o time, logo após os Jogos Olímpicos - com a medalha de ouro conquistada pelo ex-treinador Marcelo Bielsa. Completa, a Argentina pratica um futebol matador capaz de resolver jogos ainda no primeiro tempo. Assim foi contra a Seleção Brasileira, durante as Eliminatórias; e nas duas primeiras partidas desta Copa. Seus destaques são os meias Riquelme e Máxi Rodríguez, os volantes Mascherano e Cambiasso, o lateral Sorín, os atacantes Crespo e Saviola... e ainda os reservas Tevez e Messi. Ufa! Quanta gente.
Além de um bom elenco, o melhor deste Mundial, a Argentina possui um esquema que ora se apresenta como um 4-4-2 defensivo, derrubando qualquer contra-ataque ainda no seu campo de ataque, com o trabalho dos volantes, ora vira um 4-3-3 fatal, com Máxi Rodríguez encostando nos atacantes Crespo e Saviola e o apoio de Sorín, de forma ofensiva, pela lateral.
Chegou questionada, mostrou na primeira partida um bom futebol, na segunda um futebol-arte maravilhoso e agora tem que saber lidar com o favoritismo, para não ser prejudicada pelo mesmo. Tem uma equipe capaz de vencer a Copa.

Brasil - Individualmente, deveria ser a Seleção que mais se destaca no grupo das favoritas. No entanto, o tal "Quarteto Mágico" comprovou o que muitos temiam: não funciona. Ronaldo não tem apresentado qualidades técnicas; Adriano nunca foi um jogador habilidoso e há um ano vem numa má-fase incrível; Ronaldinho é completamente ineficiente em jogos decisivos e não vem fazendo boas partidas, pela Seleção ou Barcelona; e Kaká é o único destaque. Na opção para ataque, Robinho tem se mostrado o favorito, embora haja um outro jogador bem melhor no banco: Fred. Zé Roberto e Emerson têm surpreendido por suas boas atuações, embora ainda cometam falhas que, contra equipes experientes, podem ser fatais.
Uma boa opção para a Seleção Brasileira seria armar a equipe semelhante ao time de 94, dirigido por Parreira. Dessa forma, o time perderia um meia e ganharia mais um volante, mais ofensivo. A opção seria... tirar um dos atacantes, Ronaldo ou Adriano. Ao invés de colocar o ineficiente Robinho, adiantar Ronaldinho para o ataque. Kaká seria o único meia da Seleção e Juninho Pernambucano ou Gilberto Silva entraria como terceiro volante, jogando mais avançado que Emerson e Zé Roberto, fazendo as vezes de um meio-campo. Armado assim, o time se assemelha ao de 94, que tinha no ataque Romário e Bebeto, no meio-campo Zinho e os três volantes: Dunga, Mauro Silva e Mazinho, que entrou no lugar de um meia: Raí.
Essa formação, no entanto merece um post inteiro para ser melhor explicada. Então, depois entraremos em mais detalhes.

Espanha - Eterna promessa e decepção, desta vez o time espanhol estreou bem e manteve o nível nas suas duas partidas desta Copa. Tudo bem que os adversários não foram de grande expressão. Mas a primeira partida foi um 4x0 sobre a Ucrânia - uma Ucrânia que voou durante as Eliminatórias. Uma prova que a Uncrânia não é uma equipe qualquer é... ontem os ucranianos devolveram os 4x0, goleando a Arábia Saudita. Na segunda partida, começou cambaleando contra a Tunísia, mas foi só Xavi reencontrar seu jogo que o time retomou a força de seu motor. Fernando Torres e Fabregas, que entrou no segundo tempo, acharam o caminho do gol com facilidade e La Fúria aplicou 3x1 sem grandes dificuldades.
O destaque espanhol tem sido a ofensividade. Fernando Torres, grande destaque da Liga Espanhola, tem mostrado uma coisa que nunca teve no Atlético: Maturidade. Essa maturidade se reflete naquilo que Torres faz de melhor: gols. Quando o atacante deixa de lado a vaidade, e lembra-se de sua habilidade inigualável, se torna um artilheiro implacável. Que sirva de exemplo a Cristiano Ronaldo. Com três gols em dois jogos, Torres é até agora o artilheiro da Copa e já é candidato a craque do torneio. Raúl parece ter voltado a jogar bem, coisa que não fazia há um bom tempo no Real Madrid, e Fábregas tem sido tão eficiente e fundamental quanto no Arsenal. Agora é esperar o que Reyes pode fazer pela Seleção - pois foi importantíssimo durante as Eliminatórias.

Próximo post, uma breve análise de França, Inglaterra, Itália e Holanda.
E mais: As "coadjuvantes" Portugal, México, Equador, Suécia, República Tcheca, Gana e Coréia do Sul.
thiagoleal | 11:34 AM |
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