Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
28 junho 2006
O jogo bonito?
Parreira muda seu discurso

Primeiro, às vesperas da Copa, em entrevista ao jornal O Globo, Parreira disse que está lidando com um grupo tão talentoso que, a partir do momento que jogar a Copa, jogará bonito.

Durante a competição, Parreira muda completamente seu discurso. Diz que a história não fala de quem joga bonito, fala de quem ganha. Será mesmo, Parreira?

Então, quando vocês pensam em 74. Pensam em quê? Na Holanda. Em Johan Cruyff. Que perdeu a final para a Alemanha. No entanto, jogou um futebol tão inovador que hoje todo mundo se lembra. O mesmo vale para 54. 54 o quê? Ah, a Hungria. Puskas e Kocsis. Jogou bonito. Perdeu a final para a Alemanha. Mas todos lembram da máquina húngara de Puskas. E 82? Nem na final o Brasil chegou. Mas será que alguém esquece? Ou todo mundo não lembra daquele jogo bonito de 82?

OK. Os três exemplos foram derrotados. Mas esta é uma prova de que o jogo bonito também é lembrado pela história, SIM. Diferentemente do que diz o Parreira. A maior prova disso é... alguém lembra das Itálias vice-campeãs em 70 e 94? Ou do Brasil vice-campeão de 98? A Alemanha vice-campeã em 82, 86 e 2002? A prória Holanda, vice-campeã em 78? A Argentina de Maradona vice em 90? Não! Sempre que falamos nessas Copas, falamos apenas no campeão - à exceção de 82 quando falamos também no Brasil. Ou seja... a história guarda lugar para quem vence, assim como guarda o lugar de quem joga bonito. Claro que é melhor vencer. Mas vencer jogando bonito, como o Brasil em 58, 62 e 70; como a Argentina em 86, com certeza, conta muito mais.

E o motivo dessa queixa é... estamos vendo uma Seleção que chegou a ser comparada com 70 e 82. Lideradas por um jogador que chegou a ser comparado a Pelé e Maradona. Sendo assim... a Seleção Brasileira teria obrigação de dar show. E leitor do Globo sabe, e quem assistiu ao Troca de Passes na Alemanha, da SporTV, nesta terça à noite, também ouviu a mesma história. Parreira começou com o discurso de que iria vencer jogando bonito. Agora já mudou?

E espero que essa seleção vença por méritos próprios. Porque Parreira fala com desleixo, sem demonstrar a mínima preocupação. Pergunte a Parreira sobre a Croácia. Ou a Austrália. Ele disse que não falaria sobre os adversários. Por quê? Não sabe o que falar? Tinha se dito que Parreira havia mandado espião observar os jogos dos adversários. A ESPN descobriu, por meio da CBF, que não foi espião nenhum. E se perguntarmos a Parreira sobre a França, será o discurso genérico. "Time perigoso, campeão em 98, joga bem, é perigoso, pode marcar gols, tem um bom meio-campo, bons atacantes, marca bem..." Ou seja. Não fala nada com nada. Parreira parece não ter o menor interesse em ganhar esse título.

E, além de mudar o discurso, falou besteira. A história lembra de quem joga bonito. E às vezes lembra muito mais de que o próprio campeão. Basta sair perguntando por aí sobre um tal Johan Cruyff e o Carrossel Holandês de 74.
thiagoleal | 5:59 AM |
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